Imagem da Ilha

Força voluntária

Há realidades em SC que realmente orgulham, como os bombeiros voluntários. Hoje são 43 corporações, atuando com integrantes civis, com qualificação e treinamento para poder prestar o serviço. São 3.741 homens que se dedicam com empenho especial, sob regime de voluntariado, sempre prontos para a execução de serviços de combate a incêndios, busca e salvamento, prestação de socorros em caso de emergências, desabamentos, inundações, catástrofes e calamidades públicas.

Arte roubada

Reportagem especial na Globo News vem mostrando o espantoso acervo de obras de arte confiscadas de ladrões da Petrobras e guardadas no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, para um possível leilão no futuro, após avaliação e testes de autenticidade. É possível ver nas imagens que saqueadores como o diretor Renato Duque tinham muitas e seletivas preferências, entre elas pelo catarinense Juarez Machado. Destaca-se uma grande tela da fase em que o artista usava a bicicleta como um elemento destacado na sua fértil criação.

Violência na escola

Poucos sabem que na Secretaria de Estado da Educação existe o Núcleo de Educação e Prevenção às Violências na Escola, que tem feito perícias pedagógicas diante de crescentes casos de violência contra professores. Ali se tem constatado que comportamentos violentos de estudantes têm muita relação entre fracasso escolar e famílias que praticam violência na escola e em casa.

Fim do trote

Encaminha-se, finalmente, para uma solução, a indesculpável mania de muitas pessoas de usar o telefone para comunicar falsas ocorrências a Polícia e Corpo de Bombeiros, de emergência ou não. Projeto aprovado ontem na Comissão de Ciência, Tecnologia e Comunicação do Senado prevê que tais pessoas ficarão sujeitas a punições, que vão desde a suspensão temporária até o cancelamento definitivo do serviço de telecomunicação, além do pagamento de multa de R$ 500 por infração. Hoje, inclusive em SC, trotes representam de 20% a 70% do total de chamadas recebidas, dependendo do serviço.

Identidade

Na defesa quase solitária da identidade catarinense, este espaço acaba sendo um muro de lamentações, normalmente pertinentes. A última é quanto às comemorações, em vários lugares de SC, principalmente escolas públicas, da Semana Farroupilha, de 14 a 20 de setembro, para lembrar os líderes da Revolução Farroupilha, evento gaúcho. Nada, absolutamente nada contra, mas perguntar não ofende: qual o motivo para não se lembrar, nas escolas de SC, a catarinense Guerra do Contestado?

Assunto proibido

Nas entrevistas dos prefeitos eleitos de SC, principalmente os novos, pouco se ouve falar de um assunto: a redução de cargos comissionados, de secretarias, etc. E durante a campanha o que mais falaram foi de falta de recursos e da necessidade de enxugar a máquina.

Casamento

Na maior discrição possível, com cerca de 50 convidados e nenhuma personalidade da política, o ex-deputado federal por SC e atual secretário de Relações Institucionais do governo de Roraima, João Pizzolatti, casou no penúltimo final de semana em Pomerode, noticiou o site da revista “Época”. O ex-parlamentar é acusado de receber propina no esquema de desvio de verbas da Petrobras e sua prisão pode ser decretada a qualquer hora.

Vitória na derrota

Em análise sobre o processo eleitoral em Florianópolis, o presidente do PP na Capital, deputado estadual João Amin, cantou vitória, apesar da derrota de sua mãe, Ângela, candidata a prefeita. Sua avaliação: o PP manteve as cadeiras na Câmara e teve o vereador Pedro de Assis Vicente, o Pedrão, como o mais votado (11.197 votos) da história de SC. A diminuta diferença de 1.153 votos na eleição para a Prefeitura é motivo para o partido sair de cabeça erguida. Correto.

Herança improba

Nem a morte do ex-prefeito de Gastar, Bernardo Spengler, livrou seus herdeiros de atos de improbidade praticados em vida pelo finado. Em acordo judicial o espólio dele possibilitará a restituição de R$ 3,49 milhões aos cofres públicos e o fim de quatro ações por improbidade administrativa que tramitam há 17 anos. Spengler foi prefeito em 1997 e 1998, quando teve o mandato cassado pela prática de várias irregularidades, desde promoção pessoal às custas do erário a aplicação suspeita de verbas públicas. Faleceu no curso das ações que respondia.

Por baixo

Constatação dos governadores do Sul na última reunião do Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul), em Curitiba: em 2015, a região Sul recebeu apenas 20% dos impostos federais que recolheu. E a classe política ainda não se deu conta disso.

Roubalheira

A Lei de Repatriação foi considerada um sucesso pelo governo, com a entrada de R$ 50,9 bilhões. Conceituados tributaristas estimam que pelo menos 100 mil brasileiros ainda mantenham US$ 400 bilhões (R$ 1,27 trilhão) não declarados no exterior. Perguntar não ofende: quantos desse trilhão são fruto de trabalho e suor honesto?

Mudança

Assunto para os analistas políticos: a eleição municipal deste ano em SC apresentou uma taxa de mudança de 73% nas suas prefeituras. Renovação? Não, diz o presidente da Fecomércio-SC, Bruno Breithaupt, que entende das coisas. Para ele é resultado de inequívoca saturação do eleitor com o poder público, representado, no caso, pelos prefeitos e vereadores atuais e eleitos.

Votos de ninguém

Pesquisa do Datafolha errou feio: previa que os votos brancos, nulos e abstenções da eleição para o segundo turno em Florianópolis superariam os 15%, apesar dos esforços contrários dos candidatos Gean Loureiro e Ângela Amin. Acabou sendo de 32,2%. As pesquisas não indicam claramente, mas inferem que boa parte daqueles votos para ninguém seriam de petistas lavando as mãos diante da histórica ruína estadual e nacional do partido.

Voz atravessada

Em algumas igrejas católicas de SC os padres vêm utilizando o sermão para divulgar a posição da presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) que é contra a Proposta de Emenda Constitucional 241 (PEC 241), que estabelece um teto para os gastos públicos para os próximos 20 anos. Não ocorreu aos pregadores deixar a palavra aberta? Certamente ouviriam de alguns o que não gostariam.

Vingança

Relatam as folhas que vários ministérios começaram a receber romaria de deputados (não se sabe se há catarinenses) pedindo algo incomum: que fosse cancelada a liberação de recursos pedida por eles para municípios em que os aliados foram derrotados no primeiro turno das eleições. Como as obras só seriam feitas em 2017, não querem que inimigos políticos faturem com esforço dos outros.

Patrocínio estatal

Dos 20 clubes da Série A do futebol brasileiro, 13 tem patrocínio da Caixa Econômica Federal, entre eles a Chapecoense e o Figueirense, que neste ano vão receber R$ 4 milhões cada. Alguns especialistas em gestão esportiva explicam que é a falta de transparência que afasta marcas privadas de investir no futebol. Outros dizem que é a crise econômica.

Outro foco

É ensurdecedor o silêncio do escritor e teólogo catarinense Leonardo Boff sobre a surra que o seu PT levou em todo país dia 2 passado. Seu último artigo tem como título “Deus, onde estavas naquele momento? Por que não acalmaste o tufão Mathew?”

Menos partidos

Os três senadores de SC – Dário Berger, Dalírio Beber e Paulo Bauer – se unem em esforço concentrado do plenário do Senado que nesta semana deve votar a Proposta de Emenda à Constituição 36-2016, que estabelece mudanças no número de partidos políticos.

Alto escalão

Não parece mas há um catarinense no alto escalão do governo Michel Temer. É o concordiense Luiz Fernando Furlan, secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, pasta que comandou no governo Lula e sem que lhe fosse exigida filiação no PT.