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Pesquisadores de SC são vencedores em premiação nacional

Eonir e o professor Aloísio Nelmo Klein receberam os certificados no 1º Prêmio Confap de Ciência, Tecnologia & Inovação – Professor Francisco Romeu Landi (Foto: Divulgação/Fapesc)** Clique para ampliar

Publicado em 09/12/2021

Santa Catarina foi um dos destaques no 1º Prêmio Confap de Ciência, Tecnologia & Inovação – Professor Francisco Romeu Landi. O Estado conquistou o primeiro lugar na categoria Profissional de Comunicação com Eonir Teresinha Malgaresi, jornalista da Epagri; o segundo lugar na categoria Pesquisador Destaque – Ciências Exatas e da Terra, com Aloisio Nelmo Klein, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); e o terceiro lugar na categoria Pesquisador Destaque – Ciências da Vida com o professor da Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), Felipe Dal Pizzol.

Os três representantes catarinenses foram indicados pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc) e completam o quadro dos 18 finalistas que representam diversos estados brasileiros. O resultado foi divulgado durante o Fórum do Conselho das Fundações de Amparo à Pesquisa (Confap), em Foz do Iguaçu, no Paraná, nesta quinta-feira, 09. 

Eonir acompanhou de perto a divulgação do resultado e não escondeu a emoção ao ser reconhecida com o primeiro lugar na categoria Profissional da Comunicação, resultado de uma trajetória de 36 anos dedicados ao jornalismo científico, à difusão de conhecimentos gerados pelos pesquisadores, especialmente direcionados ao desenvolvimento sustentável do meio rural catarinense. “A pesquisa de Santa Catarina é fantástica e é necessário que a sociedade tenha conhecimento do que é produzido nos laboratórios, nas universidades e nas estações de pesquisas”, observa Eonir. 

O professor Aloísio Nelmo Klein também acompanhou a cerimônia de premiação. Para ele, a ideia de premiar pesquisadores é um excelente incentivo para quem dedica uma vida toda à pesquisa. “Sempre que realizei meu trabalho não foi pensando em um dia ser premiado, mas o resultado acabou nos trazendo até aqui. Para mim, o mais importante é o capital humano, são as pessoas que passaram por mim”, afirmou o professor.

Conheça um resumo da trajetória dos pesquisadores premiados:

Eonir Teresinha Malgaresi – 1º colocada na categoria Profissional de Comunicação

Eonir Teresinha Malgaresi, jornalista da TV da Epagri, trabalha há 36 anos em programas voltados para a comunicação rural. Começou a atuar como extensionista em 1979, na Acaresc – empresa que em 1991 se uniu à Empasc para criação da Epagri. Em 1985 passou a atuar como repórter do programa Campo e Lavoura, produzido pela Acaresc e veiculado para todo o Estado pela RBS TV. Em 2001, concluiu o curso de Jornalismo pela Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul) e, em 2003, tornou-se especialista em Jornalismo Empreendedor.

A jornalista produziu mais de 2.500 reportagens, dentre os mais de 10 mil vídeos que fazem parte do acervo da Epagri em seus 40 anos de televisão rural.

Atualmente, faz parte da equipe que produz o programa de televisão SC Agricultura, transmitido em rede nacional pelo Canal Terra Viva e outros 22 canais de TV a cabo. O programa também está disponível no YouTube, em canal com 220 mil inscritos e mais de 27 milhões de visualizações, firmando-se como um dos mais conhecidos e populares do segmento.

Aloisio Nelmo Klein – 2º colocado na categoria Pesquisador(a) Destaque – Ciências Exatas (Ciências Exatas e da Terra, Engenharias, Tecnologia)

Professor titular no Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Aloisio Nelmo Klein foi um dos fundadores do curso de Engenharia de Materiais e do programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais e é um dos líderes do Laboratório de Materiais (LabMat), centro científico pioneiro e um dos pólos do desenvolvimento científico e tecnológico na área, no Brasil.

A metalurgia do pó e a tecnologia de plasma foram duas das frentes de trabalho que o colocaram na vanguarda da inovação. Com a investigação de materiais sinterizados porosos, construiu dois produtos patenteados, com uma dessas patentes já concedida nos Estados Unidos. O pesquisador também investiga as novas técnicas de processamento assistidas por plasma e o desenvolvimento de reatores de plasma – área em que o Laboratório de Materiais da UFSC se destaca como centro de excelência. Essa tecnologia é responsável por uma série de processos físico-químicos que beneficiam diretamente a indústria de materiais.

Ao longo da sua carreira na UFSC e à frente do LabMat, Klein também coordenou uma série de projetos aprovados em concorrência para a obtenção de recursos nos editais das agências de fomento. A soma chega a R$ 70 milhões, somente nos últimos 20 anos.

O professor da UFSC foi responsável por um total de 142 cartas de patentes, no exterior e também no Brasil, que resultaram em 22 famílias de patentes de invenção, com pedidos de deposição em 11 países distintos. Em torno de 40 % destes pedidos ainda estão em fase de análise e algumas dessas patentes já caíram em domínio público.

Felipe Dal Pizzol – 3º colocado da categoria Pesquisador(a) Destaque – Ciências da Vida (Ciências Biológicas, Ciências Agrárias, Ciências da Saúde)

Felipe Dal Pizzol é professor do Curso de Medicina da Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc) e do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) da mesma universidade. Além da trajetória de pesquisa e ensino, tem ganhado destaque no combate à Covid-19.

Com experiência em Medicina Intensiva e Pneumologia, o professor fez parte do grupo de dez profissionais do país envolvidos na elaboração das “Diretrizes para Diagnóstico e Tratamento da Covid-19”, material que reunia, a partir das principais evidências que se tinha na época, as recomendações para colaborar no trabalho de profissionais de saúde no enfrentamento à pandemia. Também é membro da Coalizão Covid Brasil, grupo de pesquisas para avaliar a eficácia e segurança de medicamentos para pacientes com infecção pelo Sars-CoV-2.

Dal Pizzol também está entre os pesquisadores mais influentes da América Latina segundo o AD Scientific Index, sistema de aferição do potencial de pesquisadores de todo o mundo. Ele ficou na 102º colocação entre os pesquisadores brasileiros e na 138º entre os latino- americanos.

Além de ter atuado na linha de frente no atendimento nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI), o professor teve um estudo aprovado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações. Intitulado como “Estudo prospectivo e multicêntrico dos fatores preditivos de mortalidade hospitalar e carga de doença da Síndrome Respiratória Aguda Grave”, o projeto foi liderado por Dal Pizzol e se enquadrou na linha de pesquisa “carga da doença”. A Fapesc concedeu bolsas no âmbito deste edital.

Da redação

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