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Frente recebe estudante para ações em defesa de pessoas com TEA

Juntamente com o presidente da Casa, deputado Mauro de Nadal (MDB), membros da Frente Parlamentar e demais deputados interessados na causa, os parlamentares receberam o estudante Joaquim Goulart Masiel, de 8 anos (Foto: Vicente Schmitt/Agência AL)

Publicado em 28/02/2024

Debater as dificuldades e encaminhar requerimento à Secretaria de Estado da Educação e Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE) para a distribuição de uma cartilha, a todas as escolas, com informações e formas de acolhimento às pessoas com transtorno do espectro autista e suas famílias foi a proposta do coordenador da Frente Parlamentar em Defesa das Pessoas com Transtorno Espectro Autista, deputado Pepê Collaço (PP), na tarde desta terça-feira (27), na presidência da Assembleia Legislativa.

Juntamente com o presidente da Casa, deputado Mauro de Nadal (MDB), com membros da Frente Parlamentar e demais deputados interessados na causa, os parlamentares receberam o estudante Joaquim Goulart Masiel, de 8 anos.

O menino tem Transtorno do Espectro Autista e, com o auxílio dos pais, produz conteúdo para as redes sociais digitais e ajuda a divulgar a cartilha "Sou diferente e daí? Tem lugar aí pra mim?", escrita por Aline Campos, que trata de inclusão e tem como objetivo apresentar as diferenças e potencialidades das pessoas com esse transtorno, e ajudar a acabar com os preconceitos.

A família de Joaquim busca desenvolver um trabalho que abrange não apenas a conscientização sobre o TEA, mas também a promoção de políticas inclusivas e o apoio a famílias e indivíduos afetados, contribuindo significativamente para uma sociedade mais justa e igualitária.

Segundo Pepê Collaço, o número de casos de TEA tem aumentado significativamente e é preciso de leis que tratem efetivamente da inclusão e sejam colocadas em prática em todo o estado.

Mauro de Nadal lembrou de um curso de formação de professores oferecido pela Escola do Legislativo em 2021. “Neste ano de 2024, teremos a segunda edição do curso e esperamos que os inscritos sejam a maioria de Santa Catarina. Na primeira edição, tivemos muitos inscritos de fora do Estado. A Alesc é muito sensível a este tema e tem trabalhado bastante para divulgar e promover leis que garantam a qualidade de vida das pessoas com TEA e de suas famílias.”

A presidente da Comissão de Educação, deputada Luciane Carminatti (PT), falou sobre uma lei criada em seu segundo mandato que trata da contratação do segundo professor (ou professor auxiliar) em sala de aula. “A grande dificuldade é que a maioria dos contratados não tem formação específica. Temos que cobrar do Estado e das escolas que os professores, que se dedicam a crianças com necessidades especiais, tenham formação adequada”.

Cartilha Sou diferente e daí? Tem lugar aí pra mim?

Josiane Masiel, educadora e mãe de Joaquim, ressaltou que o maior desafio é pensar em uma sociedade mais acolhedora. “Os comportamentos das pessoas com TEA são um tanto desafiadores, dependendo de cada grau, mas a grande questão é trabalhar a inclusão já com as crianças para que aprendam e se comportem de uma forma acolhedora. A cartilha não trata só de autismo, mas trata de diferenças. Recebemos a cartilha num momento em que Joaquim estava sofrendo com bullying na escola, então entendemos sua importância e a importância de sua divulgação não só na escola de Joaquim, mas em todas as outras escolas”.

Moção de aplauso

Pepê Collaço aproveitou a visita de Joaquim ao Parlamento para oferecer uma moção de aplauso ao menino em razão de um vídeo em que ele faz um apelo aos políticos para que se atentem à causa. “Precisamos enaltecer esse espírito de liderança que ele tem em defender essa causa de inclusão das pessoas que têm o TEA. Ele faz um trabalho de conscientização e de ajuda a quebrar preconceitos”.

O deputado Marcius Machado (PL), membro da Frente Parlamentar, ressaltou o trabalho de Joaquim nas mídias digitais e de sua família. “A partir desse momento e da moção de aplauso vamos nos mobilizar para levar a cartilha para outros lugares, com o auxílio da Secretaria da Educação e da Fecam”.

Para Joaquim, distribuir a cartilha e continuar a divulgação de ações inclusivas tem que acontecer. “Minha mãe planejou que minha turma na escola estudasse a cartilha e daí ela pensou que seria mais legal se fosse distribuída para mais escolas, para diminuir muito a quantidade de bullying e pra mais ninguém sofrer com isso”.

Da redação

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