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Especialistas debatem alternativas ecológicas ao saneamento tradicional

Evento da Comissão de Turismo e Meio Ambiente ocorreu na noite de sexta, 23 (FOTO: Bruno Collaço / AGÊNCIA AL) **Clique para ampliar

Publicado em 26/06/2023

Pesquisa da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária (Abes) apontou Santa Catarina como o segundo pior estado em tratamento de esgoto do Brasil, atrás apenas do Piauí. De acordo com o levantamento, 12% da população urbana tem saneamento adequado. A Casan, empresa que administra o esgoto, apresenta um percentual um pouco melhor, de 15%.

Para buscar alternativas e aprofundar a reflexão para mudar esse quadro, especialistas se reuniram na noite de sexta-feira, 23, na Assembleia Legislativa (Alesc), para debater o tema “Saneamento Ecológico: soluções baseadas na natureza e saneamento ecológico”. Promovido pela Comissão de Turismo e Meio Ambiente por proposição de seu presidente, deputado Marquito (Psol), o evento faz parte da agenda desenvolvida durante todo o mês de junho para marcar o Dia do Meio Ambiente, comemorado no dia 05 deste mês.

Participaram da mesa redonda, além do deputado Marquito, os professores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Pablo Sezerino (Engenharia Ambiental) e Paulo Horta (Botânica); a bióloga e pesquisadora da UFSC Daniele Damasceno; o professor da Universidade do Estado de Santa Catarina Eduardo Belo Rodrigues, coordenador do programa Saneamento Básico Rural; o diretor de Engenharia e Qualidade Ambiental do Instituto do Meio Ambiente, Matheus Zaguini; o representante da Casan, Alexandre Trevisan; e o eco-pedagogo Dan Baron, integrante da organização Ecoe Brasil, que recentemente contribuiu na construção do projeto de lei do Ecocídio, protocolado na Câmara dos Deputados.

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Saneamento ecológico

O saneamento ecológico trabalha com diferentes tecnologias, em geral de forma descentralizada, para transformar resíduos em recursos. A captação e o tratamento de urina em grandes locais, como universidades, por exemplo, podem gerar um excelente fertilizante. As fezes viram condicionadores do solo, biogás, etc. Os jardins filtrantes e as wetlands purificam a água. Pode-se utilizar banheiros secos, sistemas baseados na permacultura, bacias de evapotranspiração e muitas outras ferramentas.

No debate, além da elaboração de um inventário estadual, para diagnosticar no Estado ações desse tipo, foi destacada a importância da capacitação e a formação de técnicos junto às associações de municípios em Santa Catarina, preparados para fomentar a aplicação desse modal ecológico. E, por fim, a instalação de dois modelos, unidades de referência, didáticos com soluções baseadas na natureza e no saneamento ecológico. “Temos o comprometimento e a preocupação com essa mudança de paradigma”, afirmou Marquito. “Está claro que o atual modelo, majoritariamente centralizado, não está sendo suficiente.”

Para o deputado, o saneamento ecológico pode ser uma alternativa para reduzir a poluição causada pela insuficiência do atual sistema de saneamento do estado. “Justamente para unir forças e buscar alternativas efetivas é que buscamos dar luz para esse debate visando avançar nas políticas públicas ambientais”, avalia. “A adoção desse modelo pode ser a solução para a falta de esgotamento sanitário”, disse o deputado.

Da redação

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