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Eleições e os 50+ no mercado de trabalho

O mercado de trabalho está se tornando uma pirâmide invertida, onde a parte maior é composta por profissionais 50+ e conforme ela vai afunilando, a idade vai diminuindo (Foto: Reprodução/Internet) *Clique para ampliar

Publicado em 22/09/2022

Em um país que em 2060 terá 25,5% da sua população na faixa etária acima dos 60 anos, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), não vemos nenhuma proposta dos candidatos para a recolocação dos profissionais 50+ no mercado de trabalho. E não é porque o etarismo não é um problema, muito pelo contrário! Dos 10 milhões de pessoas desempregadas no Brasil, 24% têm entre 40 e 59 anos e 2,9%, mais de 60 anos. Então, pergunto aos candidatos à presidência e ao governo do Rio Grande do Sul: qual a sua proposta para combater o etarismo, candidato?

Isso porque está evidente que os profissionais mais experientes não são relevantes para os candidatos e nem fazem parte de seus planos de governo. O que reforça ainda mais o preconceito que há com a força de trabalho dos 50+ e confirma o levantamento feito pela EY Brasil e Maturi, que mostra que 78% das empresas assumem ser etaristas e que 80% delas não têm políticas para combater a discriminação etária.

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Então, como esperar uma mudança se nem o poder público busca formas de solucionar o problema e incentivar as empresas a reverem seu posicionamento?

E quem perde não é só o colaborador mais experiente, mas também o Brasil. Como os dados mostram, o mercado de trabalho está se tornando uma pirâmide invertida, onde a parte maior é composta por profissionais 50+ e conforme ela vai afunilando, a idade vai diminuindo. Portanto, a tendência é que a população com mais idade aumente gradativamente a cada ano, alcançando um patamar em que será impossível para os jovens conseguirem contribuir sozinhos para a aposentadoria desta parcela.

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Por isso, é essencial que o governo incentive o mercado de trabalho a seguir exemplos como o da empresa CTC, que para reverter a alta do absenteísmo, que chegou a 23% durante a pandemia, criou um projeto-piloto para contratar profissionais de 45 a 71 anos. O resultado foi a rotatividade cair de 37%, em maio de 2020, para 6%, e o absenteísmo ir de 23% para 4%. Mas volto a questionar: como esperar essa mudança se nem quem estará no poder pelos próximos 4 anos não se mostra interessado?

Artigo escrito por Jorge Avancini - Presidente do Sindicato dos Administradores no Estado do Rio Grande do Sul (SINDAERGS). Eleito duas vezes o melhor executivo do Brasil, Avancini tem mais de 35 anos de experiência nas áreas de marketing, gestão e vendas. 

 

Da redação

 

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