Glaucoma: é preciso atenção para controlar a tempo
Cegueira causada pela doença é assintomática e irreversível
Nesta sexta-feira, 26, é o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma, uma doença que não apresenta sintomas e causa cegueira irreversível, mas que pode ser prevenida por meio de exames e tratada a tempo se for diagnosticada por um especialista.
Por isso, é tão importante ter uma data para conscientizar sobre este problema que atinge 900 mil pessoas por ano em todo o Brasil, de acordo com oftalmologistas que atuam nos hospitais universitários da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). “A gente tem que se antecipar à doença o mais cedo possível, porque o que a pessoa perder de visão não volta mais, mas é possível frear esse processo de perda”, complementou Tiago Tomaz de Souza, chefe do ambulatório de glaucoma no Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago (HU-UFSC), de Santa Catarina.
Na instituição, são feitos o diagnóstico e o acompanhamento do paciente, que pode ser encaminhado para o programa de fornecimento de medicamentos, desde que chegue ao hospital regulados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Na coluna Lifestyle: O poder dos óculos escuros, por Ceres Azevedo
Segundo o oftalmologista, como é uma doença silenciosa e sem sintomas, 90% das pessoas que têm glaucoma não sabem disso e grande parte só procura o médico quando começa a sentir dificuldades de visão, e esta cegueira já instalada é irreversível. “Por isso, ter uma data como o 26 de maio, dedicada à conscientização sobre o glaucoma, é fundamental para que profissionais de saúde e a população em geral conheçam formas de prevenir”, explicou.
O médico Francisco Ferraz, do Hospital de Ensino Dr. Washington Antônio de Barros, da Universidade Federal do Vale do São Francisco (HU-Univasf), explicou que o glaucoma, geralmente, está associado à pressão intraocular elevada, sendo que alguns fatores de risco são: pressão intraocular acima de 21 mmHg, idade a partir de 40 anos, raça negra, parentes de primeiro grau com a doença, diabetes mellitus, hipertensão arterial, obesidade, enxaqueca, uso crônico de corticoides, alta miopia e traumatismos oculares. “Muitas vezes, os pacientes somente se queixam de perda visual numa fase avançada da patologia”, acrescentou.
Segundo ele, o diagnóstico do glaucoma se baseia na avaliação do nervo ótico (exame de fundoscopia), na aferição da pressão intraocular e em exames complementares que mensuram com mais acurácia algum comprometimento visual, como a campimetria computadorizada e a tomografia de coerência óptica.
O tratamento, em sua grande maioria, consiste no uso regular e diário de colírios hipotensores que diminuem a pressão intraocular e objetivam estabilizar e frear o avanço da doença. Também são utilizadas terapias a laser e cirurgias fistulizantes em casos específicos ou refratários.
Da redação
Para receber notícias, clique AQUI e faça parte do Grupo de WHATS do Imagem da Ilha.
Gostou deste conteúdo? Compartilhe utilizando um dos ícones abaixo!
Pode ser no seu Face, Twitter ou WhatsApp!
Para mais notícias, clique AQUI
Participe com sugestões de matérias: redacao@imagemdailha.com.br