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O esporte que faz Arthur vibrar
Adolescente supera suas limitações nas partidas de beach tennis

Arthur tem baixa visão e o déficit de atenção. Ele aprende os movimentos do beach tennis com o mestre Charlão (Fotos: Divulgação/PMF) **Clique na imagem para ampliar

Publicado em 03/08/2022

As deficiências cognitivas e visuais não são obstáculos para Arthur vivenciar experiências nunca antes experimentadas. O adolescente de 14 anos tem déficit de atenção e baixa visão, condições que fizeram com que, apesar da pouca idade, sofresse experiências de exclusão social ao longo dos anos. Porém, ele não se intimidou. Muito pelo contrário: buscou no esporte a superação que precisava. Veja o que o Arthur diz sobre esta transformação.

Morador de Florianópolis, Arthur Hipólito da Silveira começou a frequentar aulas de beach tennis e, após um ano de treinos, ele se transformou em um dos alunos mais aplicados. Resultado: sua autoestima melhorou e ele conheceu na prática o processo de interação com outras crianças por meio do esporte.

A oficina de beach tennis integra o Programa Bairro Educador, da Prefeitura da Capital, e acontece no bairro Monte Verde. “Estou aqui há um ano. Essa oficina é ótima. Antes, eu não tinha muita coordenação motora, mas depois que comecei a praticar beach tennis eu faço ações nesse esporte que antes não conseguia”, comemora.


Artur e a amiga Sofia ao lado do professor Charlão: desafios sendo superados  

 

Da dificuldade à alegria em aprender

Artur é um dos primeiros a chegar à quadra de areia do Centro Comunitário do bairro Monte Verde, onde ocorrem as aulas às terças-feiras e quintas-feiras à tarde. A partir daí, observa com atenção os ensinamentos do professor Charles Nichelle, o Charlão, 46 anos, para não perder nada: aprende como segurar a raquete com precisão, como executar um saque e como marcar um ponto. O garoto executa a risca os movimentos ensinados pelo mestre e “manda” muito bem.

Cada desafio vencido é um motivo para ele sorrir. “O Artur é um menino fantástico”, atesta o educador. Charlão conta que o garoto, que começou com dificuldade em praticar o beach tênis, já consegue jogar normalmente com os colegas de oficina e a cada dia evolui mais.

O esporte proporcionando qualidade de vida

Assim como Artur, o grupo de alunos da oficina se apaixonou pela modalidade – antes desconhecida por todos – principalmente pelos benefícios que o esporte trouxe para as suas vidas. “Eu amo vir às aulas de beach tennis, pois depois que comecei a praticar percebi que meus reflexos estão bem melhores e meu preparo físico também. Eu era muito lerda, agora já não sou mais”, comemora Sofia Andrade de Souza, 11, aluna da oficina e amiga de Arthur.

Da redação

 

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