Florianópolis permanece entre as principais cidades com altas taxas de inflação
Análise da Udesc Esag revela os desafios econômicos na capital Catarinense
Considerando a inflação acumulada nos últimos 12 meses, Florianópolis registrou em abril novamente a segunda maior inflação entre outras 16 capitais. O índice acumulado entre maio de 2023 e abril de 2024 na capital de Santa Catarina ficou em 4,68%, atrás apenas de Belo Horizonte (MG), com 4,91%.
Quando se considera apenas a variação dos preços nos quatro primeiros meses de 2024, Florianópolis tem a 6ª maior inflação, com 2,19%. Neste caso, fica atrás de São Luís (3,43%), Aracaju (3,14%), Belo Horizonte (2,51%), Belém (2,33%) e Recife (2,27%).
Índice
A inflação em Florianópolis é medida pelo Índice de Custo de Vida (ICV), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc). O ICV é calculado mensalmente pelo Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag) da Udesc, com apoio da Fundação Esag (Fesag).
Nas demais cidades, os preços são aferidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para compor o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Como o ICV e o IPCA são calculados basicamente com a mesma metodologia, os dados são comparáveis.
Inflação acumulada em 12 meses:
1. Belo Horizonte (MG)
4,91%
2. Florianópolis (SC)*
4,68%
3. Aracaju (SE)
4,47%
4. Belém (PA)
4,45%
5. Brasília (DF)
4,12%
6. Fortaleza (CE)
3,99%
7. Campo Grande (MS)
3,77%
8. São Paulo (SP)
3,73%
BRASIL
3,69%
9. Recife (PE)
3,63%
10. Grande Vitória (ES)
3,61%
11. Rio Branco (AC)
3,51%
12. Salvador (BA)
3,48%
13. Rio de Janeiro (RJ)
3,33%
14. São Luís (MA)
3,21%
15. Curitiba (PR)
3,13%
16. Porto Alegre (RS)
3,02%
17. Goiânia (GO)
2,91%
*Inflação medida pelo ICV/Udesc Esag, com a mesma metodologia do IPCA/IBGE, usado para as demais capitais e para o índice nacional.
O índice acumulado dos últimos 12 meses oferece melhor comparação das variações de preços entre as cidades do que se fosse usada a inflação mensal. O dado de 12 meses evita distorções provocadas por aumentos que acontecem apenas em determinadas épocas do ano, mas não ao mesmo tempo em todas as regiões, como as tarifas de energia, por exemplo.
Comparação
A alta de preços em Florianópolis continua quase 1 ponto percentual acima do IPCA nacional, que fechou os últimos 12 meses em 3,69%. Grandes cidades como São Paulo (3,73%), Rio de Janeiro (3,33%) e Brasília (4,12%) também tiveram inflação anual menor que a da capital catarinense.
O índice local também contrasta com os das outras duas capitais da Região Sul: Curitiba (PR) teve a terceira menor variação da lista (3,13%) e Porto Alegre (RS), a segunda menor (3,02%). A capital onde os preços menos subiram nos últimos 12 meses é Goiânia (GO), com inflação acumulada de 2,91%.
Preços locais
Em Florianópolis, os preços ligados aos transportes foram os que mais puxaram a inflação local para cima, subindo 6,61% em 12 meses. Alimentos e bebidas também ficaram acima do índice geral, com alta de 5,49%. Esses dois grupos correspondem juntos, todos os meses, a mais de 40% do orçamento das famílias, o que é considerando no cálculo, impactando mais o índice de inflação.
Também houve aumentos acima da média geral em outros grupos pesquisados: habitação (5,65%), artigos de residência (6,12%) e educação (5,96%). Já os produtos e serviços ligados a saúde e cuidados pessoais (2,88%), despesas pessoais (3,21%) e comunicação (0,37%) tiveram altas menores, abaixo do índice geral.
O vestuário é o único dos nove grupos pesquisados em que os preços tiveram deflação nos últimos 12 meses (-3,90%).
Índice de Custo de Vida
O ICV/Udesc Esag registra a variação dos preços de 297 produtos e serviços consumidos por famílias de Florianópolis com renda entre 1 e 40 salários-mínimos. O índice é publicado regularmente, todos os meses, desde 1968.
Da redação
Fonte: Udesc Esag
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