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Uso de telhados verdes é opção sustentável
Tendência nos Estados Unidos e na Europa, o telhado verde começa a ser empregado em alguns empreendimentos no Brasil, unindo tendência, tecnologia e sustentabilidade

O telhado verde é uma alternativa que ajuda a diminuir os pesados efeitos do aquecimento global nos grandes centros urbanos.

Publicado em 02/02/2022

Cada vez mais presente nos centros urbanos, o telhado verde é uma tendência bastante atual dentro do contexto do fomento à construção sustentável. Do modismo a uma alternativa que visa diminuir os impactos do aquecimento global. No Brasil, a tendência começou por modelos implantados em condomínios no eixo sudeste e desde o final de 1999 leis vem crescendo no país. No Rio Grande do Sul, duas cidades contam com leis de compensação ambiental em construções urbanas: Porto Alegre e Canoas. O mesmo acontece em São Paulo, incluindo telhados verdes e jardins verticais. Na linha de incentivos fiscais para uso de telhados verdes, quatro cidades são contempladas: Goiânia, Guarulhos, Salvador e Santos. Quando focamos nas leis que promovem obrigatoriedade no uso do telhado verde, estão as cidades de Recife, Guarulhos e João Pessoa. Temos ainda no país cidades que contemplam o uso por meio de certificações e selos de sustentabilidade, como Rio de Janeiro e Salvador. Em Santa Catarina, apesar de não existir legislação, é crescente a utilização da técnica. Mais do que um modismo, trata-se de uma alternativa que ajuda a diminuir os pesados efeitos do aquecimento global nos grandes centros urbanos.

 

Consultora da equipe Upstream Sustainability Services da JLL, Erin Williams revela que ainda há um desafio para as áreas onde há baixos níveis de vegetação: “Isso exigirá que mais incorporadoras e proprietários de imóveis adotem a ideia e planejem sua utilização”. Embora certamente haja questões práticas a serem superadas, desde o transporte de materiais até os telhados, passando pela irrigação contínua e o gerenciamento de águas pluviais, também existem benefícios para investidores e inquilinos. “Os desenvolvedores ou reformadores, às vezes, precisam ser convencidos dos benefícios de um telhado verde a longo prazo e da eficiência energética”, diz Williams.

 

Na Cúpula do Clima, realizada com governantes de todo o mundo no final em 2021, chefes de estado de mais de 40 países – incluindo o Brasil, discutiram formas de reduzir as emissões de gases estufa, missão importante para evitar a aceleração do aquecimento global. E, nessa linha, a construção de novos prédios sustentáveis deve gerar mais de 6,5 milhões de postos de trabalho até o ano de 2030, segundo estimativa da Organização Internacional do Trabalho. Os edifícios geram boa parte das emissões de gases de efeito estufa relacionados à energia, mas nos últimos anos, houve um “boom” de construções verdes. Essa é uma das mensagens que vem sendo reforçada no mercado pela WKoerich, que há quase 30 anos atua em Santa Catarina. A empresa já utiliza a técnica, bem como as paredes verdes. Os empreendimentos comerciais certificados com selos de boas práticas tendem a apresentar melhores resultados financeiros, como diminuição no condomínio e menor vacância, segundo o Green Building Council. Além das paredes verdes, o teto verde também é uma crescente. A tendência já é aplicada no K-Platz, Atlantique Residence e Costa Azul Clube Residencial.

“Entendemos que cada vez mais os consumidores estão atentos aos impactos globais ao meio ambiente e buscando empreendimentos que unam sustentáveis, praticidade e economia”, comenta o diretor da WKoerich, o empresário Waltinho Koerich. Koerich ainda destaca que é inerente ao trabalho da construtora o exercício de prever o futuro. Isso porque um projeto de um prédio residencial, por exemplo, até os trâmites de aprovação, lançamento, venda e construção leva em torno de cinco anos para que a pessoa usufrua deste empreendimento. “Dessa forma, muitas dessas tendências que vemos hoje já estavam sendo pensadas nos nossos projetos”, explica o empresário. A construtora já trabalha em novos projetos – tanto residenciais quanto de uso público e que contemplam sistemas de preservação e redução de impactos sociais e naturais.

Da redação

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