Sul de SC lidera ocorrências de águas-vivas nas praias
Entre os dias 21 e 27 de janeiro, o Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC) contabilizou 2.849 ocorrências relacionadas a águas-vivas nas praias do estado. O relatório também aponta 136 salvamentos por afogamento, 322 crianças encontradas após se perderem, 512 participantes no Programa Golfinho e 989 mil ações preventivas realizadas por guarda-vidas.
O batalhão com maior número de registros envolvendo águas-vivas foi o 4º BBM, com 1.603 ocorrências em praias como Passo de Torres, Balneário Gaivota, Balneário Arroio do Silva e Balneário Rincão. Na sequência, o 10º BBM (Palhoça e Governador Celso Ramos) somou 517 casos, e o 1º BBM (Florianópolis) registrou 380.
Comparativo com anos anteriores
Em 2024, no mesmo período, o 8º BBM (Laguna, Imbituba e Garopaba) liderou com 917 ocorrências, seguido pelo 4º BBM com 874 e o 1º BBM com 705. Já em 2023, o 4º BBM registrou 1.008 ocorrências, o 8º BBM teve 823 e o 1º BBM contabilizou 785.
Entenda a presença das águas-vivas no litoral catarinense
O professor Charrid Resgalla Jr., da Escola Politecnica da Univali, explica que a incidência atual de águas-vivas está abaixo da média dos últimos 10 anos. Os fatores que influenciam sua presença incluem correntes marítimas e ventos predominantes.
Espécies mais comuns
Água-Viva Reloginho (Olindias sambaquiensis): Quase invisível, ocorre o ano todo, com picos no verão e maior incidência em fevereiro. Trazida pelo vento sul, sua queimadura provoca ardência moderada e inchaços redondos.
Caravela Portuguesa (Physalia physalis): Possui um flutuador azul intenso e é transportada pelo vento leste. Mais rara, sua picada é intensa, podendo causar náuseas e vômitos. Aparece principalmente entre dezembro e janeiro.
Por que o Sul do estado tem mais ocorrências?
A região Sul de Santa Catarina tem uma costa menos recortada e mais exposta aos ventos, o que facilita a chegada das águas-vivas às praias. A inclinação da costa e sua forma retilínea favorecem um maior número de casos quando comparado ao Litoral Norte, que é mais protegido.
O que fazer em caso de queimadura?
-Saia imediatamente da água.
-Procure um posto de guarda-vidas.
-Não use água doce, urina ou outros líquidos na queimadura.
-Lave apenas com água salgada.
-Solicite vinagre no posto de guarda-vidas para aliviar os sintomas.
-Em casos mais graves, procure atendimento médico.
Registro e prevenção
Os guarda-vidas registram ocorrências sempre que prestam atendimento a vítimas de queimaduras por água-viva. Para alertar os banhistas, são colocadas bandeiras lilás nas áreas afetadas, indicando que esses locais devem ser evitados.
Para prevenir acidentes, é recomendável consultar o aplicativo CBMSC Cidadão antes de ir à praia. O app, disponível para iOS e Android, informa quais praias estão sinalizadas com bandeira lilás. Além disso, evitar praias com águas-vivas mortas na areia e permanecer próximo a postos de guarda-vidas aumenta a segurança dos banhistas.
Da redação
Fonte: Secom
Para receber notícias, clique AQUI e faça parte do Grupo de WHATS do Imagem da Ilha.
Gostou deste conteúdo? Compartilhe utilizando um dos ícones abaixo!
Pode ser no seu Face, Twitter ou WhatsApp!
Para mais notícias, clique AQUI