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Os clássicos discos de vinil estão de volta; conheça artistas de olho no formato

Foto: Reprodução

Publicado em 19/02/2016

Os clássicos discos de vinil estão vivendo seu melhor momento desde o surgimento dos CDs. Em 1982, chegava às lojas japonesas o primeiro reprodutor de compact discs, prometendo encerrar o império das vitrolas e abrir a porta de entrada para uma das maiores revoluções que a música já passou. No entanto, os bolachões, como são conhecidos os tradicionais discos de vinil, vêm ganhando força nos últimos anos. São milhares de sites de compra e venda de discos na internet e a movimentação nas lojas de usados e feiras de LPs vêm crescendo de forma considerável.

De formato esquecido a acessório de fetiche, os vinis estão sendo reintroduzidos nos catálogos das grandes gravadoras e até mesmo artistas que nasceram depois dos anos dourados dos discos estão aderindo ao charme da tradição.

Para alguns, a mágica dos vinis não se encerra na qualidade sonora. Toda a experiência sensorial começa no momento de escolher o álbum preferido, de manuseá-lo e de observar as incríveis artes da capa e as informações da ficha técnica.

De Chitãozinho e Chororó a Taylor Swift, são muitos os exemplos de artistas que apostam no formato para divulgar seus trabalhos, independentemente da distribuição na web e dos serviços de streaming, seja por nostalgia, seja para agregar valor à obra.

São tiragens limitadas de novos álbuns ou relançamentos que voltam às prateleiras das lojas e prometem conquistar os mais jovens e fazer a alegria dos colecionadores de vinis. Artistas internacionais, como a banda americana-escocesa Garbage e a cantora islandesa Bjork, anunciaram recentemente até singles em vinil.

No Brasil, Lenine lançou seu sexto trabalho tanto em CD e vinil e os primeiros dez mil compradores do álbum, intitulado “Labiata”, levaram um pacote especial, com ambos os formatos e de brinde um pen drive com as faixas digitais. Além disso, artistas da nova safra de MPB, como Cícero e Scarlene, também apostaram nos bolachões para conquistar o público.

Todos os anos estão surgindo relançamentos. “É Ferro na Boneca”, primeiro álbum de estúdio dos Novos Baianos, de 1970, e um box com 7 LPs dos Mutantes, cujo valor gira em torno dos R$ 700, são exemplos de destaque. Mas para aproveitar ao máximo a experiência do som analógico, é preciso estar atento a alguns detalhes importantes.

A vitrola

Antes de sair comprando os discos, é interessante começar pela aparelhagem. Uma das opções é apostar nos aparelhos usados, mais em conta. Mas para quem quer mais segurança e garantia de qualidade pode comprar um equipamento novinho.

Existem muitos modelos esteticamente incríveis e com uma qualidade sonora muito boa. Também existem vitrolas com outros recursos tecnológicos, como entrada USB e até modelos portáteis. Mas independentemente do tipo, é importante estar atento à qualidade dos cabos e se o toca-discos permite reposição da agulha, por exemplo.

Começando a coleção de vinis

Uma boa saída para quem quer economizar nos discos e encontrar álbuns interessantes é optar pelos usados. Na internet, existem muitas possibilidades de compra e venda de vinis, desde sites grandes como eBay e Mercado Livre até milhares de lojas, fóruns e comunidades que trabalham com LPs usados.

Também existem muitas cidades brasileiras que contam com redes de lojas especializadas, além de sebos e bancas de vinil, onde é possível encontrar de tudo por preços bacanas.

Na hora da compra, vale observar a qualidade do disco. Se ele apresenta muitas ranhuras ou manchas, e se a capa não traz rasgos ou rabiscos feitos por donos anteriores.

Cuidando da coleção

Para que os discos durem mais, é importante tomar uma série de cuidados. Na hora de guardar os vinis, recomenda-se que sejam posicionados em pé em uma estante ou prateleira que seja bastante resistente, já que uma coleção de dez vinis pode pesar até 1 kg.

Guardar os discos deitados, um em cima do outro, pode fazer com que eles empenem, comprometendo assim a qualidade do som.

Lavar os discos é recomendável. Após certo tempo de uso, o acúmulo de poeira e as marcas dos dedos no vinil podem causar diferenças significativas na reprodução do som.

A dica é tomar bastante cuidado com os produtos utilizados e lavar os bolachões com água e sabão de coco, passando um algodão depois de secos para retirar possíveis resíduos de água e sujeira que ainda podem ter permanecido.

Da redação