21° | NubladoO futuro do ensino médio em SC começa a ser debatido
A Comissão de Educação e Cultura da Assembleia Legislativa de Santa Catarina decidiu criar um grupo para acompanhar a implantação da nova matriz curricular do ensino médio no estado. O grupo será formado por representantes da Alesc, Sinte-SC, Ubes, Observatório do Ensino Médio, ANPEd, TCE-SC e Ministério Público Estadual. A proposta é garantir um diálogo constante com a Secretaria de Estado da Educação (SED) durante o processo de implantação.
A audiência pública que motivou a decisão teve como foco a preocupação com as constantes modificações no currículo e como isso impacta a formação dos professores e a aprendizagem dos estudantes. A deputada Luciane Carminatti destacou a importância de ouvir a comunidade escolar e avaliar a infraestrutura disponível nas escolas para implementar as mudanças.
Participantes da audiência criticaram a falta de consulta adequada à sociedade sobre as reformas educacionais. Para eles, uma reforma deve ser acompanhada de um processo de diálogo e pesquisa, respeitando o impacto das mudanças na realidade dos professores e alunos. Também houve críticas à privatização do ensino médio, com a transferência de recursos para a iniciativa privada.
O coordenador do Sinte-SC, Evandro Accadrolli, destacou que a qualidade da educação depende de professores qualificados, com tempo para formação, e da participação dos alunos e da comunidade. A infraestrutura das escolas também foi apontada como um desafio para a implementação de um currículo eficaz.
A Secretaria de Estado da Educação, representada por Jocelete Isaltina da Silveira dos Santos, apresentou propostas para a nova matriz curricular de 2025, que ainda dependem de diretrizes federais. Ela afirmou que o processo de elaboração foi democrático, com o envolvimento de diversas partes interessadas, mas reconheceu que ainda há ajustes a serem feitos.
Da redação
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