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Calor extremo em SC: Entenda a causa

Mudanças climáticas globais intensificam o efeito de bloqueios atmosféricos e prolongam períodos de seca. (Foto: Julio Cavalheiro/Arquivo/Secom)

Publicado em 22/01/2025

A atual onda de calor que afeta Santa Catarina está relacionada a um fenômeno climático conhecido como bloqueio atmosférico, que pode ser influenciado por diversos fatores, incluindo a presença do fenômeno La Niña. Este bloqueio é caracterizado por uma área de alta pressão que impede a passagem de frentes frias e sistemas de chuva, resultando em um tempo seco e em temperaturas elevadas. Embora a La Niña ainda tenha influência sobre o clima no Sul do Brasil, ela está em transição para condições neutras, o que implica que o impacto da seca e das chuvas irregulares pode continuar, mas com intensidade reduzida.

Em Santa Catarina, o bloqueio atmosférico mantém o sol e o calor predominantes, com chuvas irregulares e períodos prolongados de estiagem, especialmente no Oeste e no Meio-Oeste do estado. A massa de ar seca estacionada pode dificultar a chegada de sistemas de chuva mais significativos, aumentando o risco de impactos na agricultura, no abastecimento de água e na geração de energia hidrelétrica. O cenário é agravado pela transição da La Niña, que ainda pode reduzir as chuvas em algumas regiões do estado, principalmente no período de fevereiro a abril de 2025. 

Especialistas, como a coordenadora de oceanografia UFSC Regina Rodriguesalertam que a combinação do bloqueio atmosférico com a La Niña pode aumentar o risco de secas e incêndios florestais, especialmente em áreas com vegetação nativa. As autoridades continuam monitorando a situação e recomendam medidas de economia de água e prevenção de queimadas para mitigar os efeitos adversos. 

Além disso, as mudanças climáticas globais desempenham um papel importante no aumento da frequência e intensidade desses eventos extremos. Estudos sugerem que o aquecimento global pode tornar os bloqueios atmosféricos mais duradouros e severos, o que torna ainda mais urgente a implementação de ações para a redução das emissões de gases de efeito estufa. 

Portanto, o cenário atual em Santa Catarina não é apenas o reflexo de fenômenos naturais, mas também de um clima global em transformação, exigindo atenção e planejamento para lidar com as adversidades.

 

Da redação

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