05 de setembro é o Dia Nacional de Conscientização da Fibrose Cística
No começo de setembro, o país se volta para a divulgação de uma doença pouco conhecida: a fibrose cística. Dia 5 de setembro foi dia escolhido para lembrar a doença e consientizar a população sobre o diagnóstico, que é feito pelo suor.Caracterizada pela perda ou alteração da produção de cloro pelo organismo, ela é uma enfermidade crônica e de origem genética.
O desequilíbrio de íons e água dentro das células faz com que elas comecem a produzir secreções mais consistentes, com menos água e mais sal. A maioria dos sintomas é decorrente dessas secreções mais espessas e podem se manifestar no nascimento ou apenas na idade adulta.
A fibrose cística compromete diversos sistemas do organismo, com diferentes níveis de gravidade, que variam de acordo com as mutações genéticas. Essas mutações podem chegar a 800 tipos diferentes. A doença acomete os sistemas respiratório, pancreático, gastrintestinal, hepatobiliar, reprodutor e as glândulas sudoríparas.
O quadro pulmonar é o principal responsável pela morbi-mortalidade da doença, com cerca de 90% dos casos. A complicação no quadro respiratório se dá pela Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), com infecções de repetição, tosse crônica, sinusite e bronquiolite.
O diagnóstico deve ser baseado em pelo menos duas amostras de suor com níveis elevados de cloro, associadas ao quadro clínico característico. O exame mais adequado é o Teste do Suor, no qual se avalia o teor de cloro presente, já que em grande concentração é um forte indício da doença (98% dos casos). A fibrose cística também pode ser pesquisada pelo Teste Genético com exame de DNA e pelo Teste do Pezinho, pela dosagem de IRT – Imunotripsina Reativa. O Teste Genético negativo não afasta a doença, pois não são pesquisadas todas as mutações conhecidas e, por isso, o Teste do Suor deve ser realizado paralelamente.