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Verme do coração em cães: o que é e como prevenir

Foto: Reprodução

Publicado em 25/07/2018

Também conhecida como Dirofilariose ou “verme do coração”, essa doença é uma zoonose emergente em cães, de caráter crônico, causada por vermes do gênero Dirofilaria, onde a Dirofilaria immitis é a espécie mais amplamente conhecida. Essa enfermidade é muito comum principalmente em regiões litorâneas e tem maior incidência no verão, devido à proliferação de mosquitos transmissores.

O verme é transmitido através da picada de mosquitos fêmeas de diversos gêneros, dentre eles o Aedes spp. (o mesmo que transmite a Dengue, Zika e Chicungunha para as pessoas) e o Culex spp., conhecido popularmente como pernilongo. Ao picar um cão sadio, o mosquito introduz na circulação, vermes de Dirofilaria denominados de microfilárias. Cerca de 6 meses após o parasita entrar no organismo do cão, ele irá desenvolver-se e instalar-se dentro do coração e da artéria pulmonar.

Identificando a doença

Na fase inicial da doença, os cães geralmente apresentam-se assintomáticos, ou seja, não apresentam manifestações clínicas. À medida que a doença evolui, o animal passa a apresentar sinais de insuficiência cardíaca como: intolerância ao exercício, tosses mimetizando engasgos, língua cianótica (coloração arroxeada), perda progressiva de peso, ascite (acúmulo de líquido no abdômen), síncope (desmaio) e até mesmo morte súbita. O diagnóstico é realizado com base no histórico do animal, junto ao exame físico e exames laboratoriais. Outros exames complementares como raio-x de tórax, eletrocardiograma e ecocardiograma podem ser solicitados à critério do médico veterinário.

O melhor é prevenir sempre!

Erradicar os mosquitos transmissores é algo difícil, por isso a única forma de evitarmos a doença é prevenindo-a. Em cães, a prevenção é realizada através da administração por via oral de vermífugos de amplo espectro e pipetas antiparasitárias aplicadas no pescoço. Ambos deverão ser reforçados mensalmente. Coleiras com ação repelente e aplicação anual de endoparasiticida também são uma opção. Vale ressaltar que o melhor aconselhamento sobre o método a adaptar será sempre dado por um médico veterinário.


Sobre o autor

Dra. Samara Cantú

M.V Esp. Cardiologia Veterinária (CRMV/SC 4599)


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