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Vamos falar sobre endometriose?
Cantora Anitta compartilhou seu drama pessoal no Twitter sobre a doença, chamando a atenção para a falta de informações sobre a doença

Doença benigna, a endometriose se manifesta, principalmente, por dor pélvica e dificuldade de engravidar (Foto: Reprodução/Internet) **Clique na imagem para ampliar

Publicado em 08/07/2022

Bombou nas redes nesta sexta-feira, 08, a declaração da cantora Anitta de que as mulheres devem falar e conhecer mais sobre a endometriose, ao relatar suas idas e vindas com a doença e a falta de informação sobre uma das condições mais associadas à infertilidade feminina, chegando a ser diagnosticada em mais de 30% das pacientes que não conseguem engravidar e buscam avaliação médica.

Grande parte dos casos está relacionada à endometriose superficial, considerada um dos tipos mais comuns, e que acomete cerca de 10% a 15% da população feminina que não tem sucesso na gravidez. O endométrio, tecido que reveste o útero internamente, se torna mais espesso a cada mês, quando o corpo feminino se prepara para fecundar óvulo e espermatozoide, formando o embrião. Quando a gravidez não ocorre, o tecido endometrial é eliminado na menstruação.

A endometriose

Doença benigna que se manifesta, principalmente, por dor pélvica e dificuldade de engravidar – ocorre quando o tecido do endométrio, por uma disfunção ainda muito clara para os médicos, se reproduz em locais fora do útero, como ovários, tubas, peritônio, bexiga, intestino, entre outros.

Algumas pesquisas indicam que fatores genéticos e/ou imunológicos estão ligados à origem da endometriose. “Uma das primeiras explicações para a causa da endometriose foi a teoria do “fluxo retrógrado da menstruação” – quando o tecido do endométrio que deveria ser eliminado com o fluxo sanguíneo pelo colo do útero vai no sentido contrário, ou seja, do útero para as trompas e para o interior da cavidade pélvica e abdominal”, explica o médico ginecologista Rodrigo Hurtado, professor do Departamento de Ginecologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Segundo o ginecologista, há três tipos de endometriose: a superficial, endometriomas l e a profunda. A superficial como o nome já diz e é a mais comum, pode atingir a superfície dos ovários, tubas, bexigas e do útero, até 5mm, e uma simples cauterização é o suficiente para eliminá-la. “Já a endometriose profunda é um agravamento da superficial. Ela vem acompanhada de dor intensa no período menstrual, durante e após a relação sexual; dificuldade em urinar; ciclos menstruais desregulados; sangramento anal em período menstrual e infertilidade. Nesses casos, o foco invade o tecido por mais de 5mm, provocando lesões mais profundas. Pode comprometer o apêndice, útero, intestino, reto, vagina, bexiga e ureteres”, acrescenta.

Tratamentos

Para tratar a endometriose, inicia-se com o bloqueio do hormônio estrogênio, fisiologicamente ativo, por meio de progestagenos, anticoncepcional ou análogos do GnRH (assim os ovários não produzem estrogênios). A segunda linha é tratar a dor pélvica, geralmente com analgésicos e anti-inflamatórios, de acordo com a intensidade e a localização da dor. “Se as queixas da paciente vêm acrescidas da dificuldade de engravidar, aí apresentamos os tratamentos de reprodução assistida (RA). Na Origen, trabalhamos sob duas óticas: “menor acometimento por endometriose, é possível adotar a inseminação artificial; maior acometimento, fertilização in vitro passa a ser a melhor opção”, esclarece Hurtado.

Para mulheres já diagnosticadas, sem filhos e que querem ser mães, o médico alerta para a importância de se buscar informações. “Muitos ginecologistas tratam as mulheres do ponto de vista hormonal, da dor e cirurgicamente. A possibilidade de ter a reserva ovariana diminuída pela operação de endometriose é real – por mais cuidadosa que seja, a cirurgia ovariana interfere diretamente na reserva da mulher, que fica menor do que era antes. Lembrando que a mulher nasce com essa reserva ovariana já pré-estabelecida e, com o passar dos anos, sua taxa de óvulos vai declinando, pelo número de menstruações e pela idade”, portanto antes da cirurgia é aconselhável a preservação através do congelamento de óvulos ou embriões complementa.

Fonte: Clínica Origen

Da redação

 

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