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Em 2020 estima-se que 28,3 milhões de brasileiros tenham 60 anos ou mais, prevendo-se que a população de idosos mais que dobrará em 2050, para cerca de 64 milhões. Com o aumento da longevidade e do número de idosos no Brasil, cresce também a estimativa de baixa visão e cegueira, mais prevalentes na terceira idade. E também crescem os desafios dos serviços de saúde para diagnosticar e tratar esses idosos.

As principais causas de baixa visão nesse grupo etário são: Erros Refrativos com ênfase à Presbiopia, Catarata, Glaucoma, Retinopatia Diabética e Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI). Fatores de risco comuns a muitas dessas doenças são: idade, etnia, fatores hereditários, inflamações oculares (Uveítes), tabagismo, exposição aos raios ultravioletas (UV), deficiência de vitaminas, e distúrbios sistêmicos como: Diabetes Mellitus, Hipertensão Arterial, Dislipidemia e Arteriosclerose. Como forma de prevenção primária, pode-se: não fumar, usar óculos com proteção UV adequada, alimentar-se melhor e controlar clinicamente as doenças sistêmicas existentes.

Vale destacar que as doenças podem ser silenciosas ou lentamente gradativas, o que faz que muitas vezes as pessoas não as percebam ou achem que “é normal da idade”. Então, o diagnóstico precoce é fundamental para iniciar o tratamento adequado quando possível. Em muitas doenças, quando diagnosticadas tardiamente, a perda visual pode ser parcial ou totalmente irreversível.  

Além disso, outras doenças que não necessariamente baixam a visão são mais comuns nessa faixa etária: Síndrome do Olho Seco, alterações das pálpebras e da córnea, inflamações conjuntivais, etc.

O exame de revisão de grau dos óculos, que deve ser anual e realizado por oftalmologista, é uma ótima oportunidade para diagnosticar outros problemas oftalmológicos e possibilitar o início precoce de seus tratamentos, sejam eles cirúrgicos ou clínicos.