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Um artigo da revista JAMA publicado em abril deste ano avaliou o percentual de internações hospitalares por infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC) antes e depois da lei de restrição do consumo de gorduras trans em algumas cidades do Estado de Nova York. Os alimentos que continham gorduras trans, como salgadinhos, sorvetes e bolos, foram proibidos em restaurantes e supermercados dessas cidades. O FDA (Food and Drug Administration) planeja uma restrição em todo o país a partir de 2018.  

O estudo procurou avaliar se existe associação entre a restrição do consumo de gorduras trans e as internações hospitalares para infarto agudo do miocárdio e AVC. Nesse estudo, usando dados do departamento de saúde pública do Estado de Nova York no período de 2002 a 2013, houve um declínio de 6,2% nas internações hospitalares por essas doenças nas populações que vivem em cidades com restrição ao consumo de gorduras trans comparadas com as internações nas cidades onde não havia essa restrição.

Em 2006, um ano antes das restrições terem sido implementadas, havia 8,4 milhões de adultos (53,6% do sexo feminino) em cidades altamente urbanas com restrição ao consumo de gorduras trans e 3,3 milhões de adultos (52,3% do sexo feminino) em cidades altamente urbanas sem essas restrições. Foram incluídas 25 cidades na população sem restrição e 11 cidades na população com restrição ao consumo de gorduras trans. A redução dos eventos atingiu estatística significativa três anos após as restrições serem implementadas.

A conclusão do estudo foi que as populações das cidades do Estado de Nova York com restrições ao consumo de gorduras trans tiveram menos eventos cardiovasculares quando comparadas com aquelas cidades onde não havia restrição.