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Um comitê de especialistas publicou em fevereiro deste ano um relatório sobre dieta saudável com 570 páginas, para o governo dos Estados Unidos. O relatório fornece pareceres com recomendações de dietas que promovem a saúde e previnem doenças, e, além daquelas sugestões padronizadas há longo tempo, aparecem algumas mudanças importantes.

O relatório inclui dicas tais como focar-se no consumo de frutas, vegetais, legumes, cereais integrais, derivados magros do leite, frutos do mar e nuts (nozes, amêndoas, castanhas, avelãs) e limitar o consumo de carnes vermelhas, carnes processadas (presunto, mortadela, salame, etc...), alimentos que levam adição de açúcar e grãos refinados. Apesar das diretrizes de algumas instituições recomendarem evitar o consumo de cafeína, estudos recentes demonstram que o consumo com moderação pode ser benéfico, até mesmo no controle da hipertensão arterial sistêmica.

Da mesma forma, estudos recentes demonstram que algumas condutas para o controle do colesterol como modificação do estilo de vida e tratamento medicamentoso acabam eliminando a necessidade de um controle tão rigoroso de sua quantidade nas dietas. Deve ficar claro aqui, no entanto, que o colesterol elevado continua sendo um importante fator de risco para eventos cardiovasculares como infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral.

Os autores comentam que hoje existem fortes evidências de que não há necessidade de recomendar uma dieta específica com um determinado grupo de alimentos para obter-se um padrão alimentar saudável. Tal dieta é mais difícil de ser tolerada e com o tempo acaba com insucessos em grande número dos casos. A tendência é orientar uma dieta variada, com um grande número de opções em diversos grupos de alimentos e de forma bem flexível para atingir padrões de dietas saudáveis.

Estas estratégias devem ser adaptadas de uma forma que atendam às necessidades de saúde individuais, ao mesmo tempo que atendam às preferências alimentares de cada um e respeitem as suas tradições culturais. Os autores relatam que estudaram a melhor forma de recomendar uma dieta bem abrangente e saudável, que permita escolhas e que possa ser visualizada a longo prazo por médicos e nutricionistas como um padrão de dieta sustentável e eficiente.