00:00
21° | Nublado

MEDICAMENTOS PARA DISFUNÇÃO ERÉTIL SÃO SEGUROS?
A ansiedade pode impedir o efeito dessa medicação em homens que, de outra forma, responderiam a ela

Foto: Reprodução

Publicado em 19/10/2015

Durante muito tempo a disfunção erétil foi um pesadelo para os homens que sofriam dela e uma angústia para aqueles que se preocupavam que ela algum dia chegasse. Com a evolução da medicina, os homens têm vivido por mais tempo e passaram a ser mais exigentes com relação à qualidade de vida. O primeiro medicamento realmente efetivo só surgiu em 1998, a Sildenafila com o nome comercial “Viagra”. A causa psicogênica predominava na cabeça do urologista e do clínico. Muitos médicos relutavam em prescrever a medicação.

Metade dos homens adultos têm alguma disfunção sexual. Os inibidores da fosfodiesterase tipo 5, como são chamados a Sildenafila e outros, atuam na liberação de óxido nítrico no corpo cavernoso do pênis. Os dois principais medicamentos dessa classe são a Sildenafila (Viagra) e a Tadalafila (Cialis). A principal diferença entre eles é a duração do efeito. Com a Sildenafila, o efeito dura cerca de doze horas, e com a Tadalafila, cerca de trinta e seis horas. Dor de cabeça, rubor facial,

congestão nasal, dispepsia e outros efeitos secundários menos frequentes são observados em 6% a 18% dos homens que fazem uso desses medicamentos.

O uso concomitante de nitratos é absolutamente contra-indicado. Devem ser usados com cautela naqueles que tomam remédios para a próstata como a doxazosina ou similares. Deve ser prescrito também com cuidado para pacientes que tiveram infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral ou arritmia com maior risco nos últimos seis meses, aqueles com pressão arterial inferior a 90/50 mmHg ou superior a 170/110 mmHg e portadores de insuficiência cardíaca ou angina do peito. Um acompanhamento médico deve ser feito nesses casos.

É importante o homem fazer uma avaliação médica de rotina antes de começar a utilizar esses medicamentos. Eles não aumentam a libido, orgasmo ou ejaculação. Na verdade, normalmente não irá ocorrer uma ereção a menos que o homem receba a estimulação sexual. A ansiedade pode impedir o efeito dessa medicação em homens que, de outra forma, responderiam a ela. Naqueles em que as doses habituais não surtem efeito, uma dose dobrada pode ser utilizada sob avaliação médica. A eficácia é menor naqueles que já foram submetidos à prostatectomia radical e nos portadores de diabetes.

Em geral, não há uma previsão certa da resposta desses medicamentos na disfunção erétil, porém, um início de tratamento deve ser considerado, exceto quando houver alguma contra-indicação.


Sobre o autor

Dr. Jamil Mattar Valente

Médico cardiologista e responsável pela coluna de medicina preventiva do Jornal Imagem da Ilha


Ver outros artigos escritos?