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Jovens são os mais afetados pela obesidade
8,2% dos jovens brasileiros de 18 a 24 anos diagnosticados com obesidade têm hipertensão e 2,2% já têm diabetes

Buscar perder peso de forma saudável, aderindo a um estilo de vida saudável, é o melhor caminho para reduzir significativamente os riscos (Foto: Internet/ Reprodução) **Clique para ampliar

Publicado em 27/10/2023

Em outubro, celebramos o Dia Nacional de Combate à Obesidade. No Brasil, de acordo com a pesquisa Covitel 2023, foi constatado que jovens com idades entre 18 e 24 anos estão sofrendo com um aumento alarmante de diagnósticos de obesidade, com um aumento de 90% em comparação ao ano anterior. O médico endocrinologista Rogério Couras, expressa sua preocupação com esse crescimento, que é predominantemente resultado do estilo de vida pouco saudável adotado pelos jovens, bem como de comportamentos prejudiciais que se desenvolvem desde a infância, frequentemente devido à permissividade dos pais.

“A obesidade é um somatório da herança genética com fatores ambientais. Infelizmente, a maioria da população mais jovem não se preocupa com as consequências, principalmente aqueles que têm maus hábitos. A conta um dia chega, e ela pode ser muito cara, pois a obesidade causa muitos prejuízos para a vida das pessoas, principalmente relacionados à saúde”, comenta o especialista. 

Segundo ele, a falta de atividade física regular, o consumo desenfreado de fast foods, são os principais aspectos que explicam o cenário atual da obesidade entre os mais jovens. O período de isolamento social causado pela pandemia contribuiu também para que os jovens ficassem mais sedentários, passando mais tempo em frente às telas, consumissem mais bebidas alcóolicas e mais alimentos industrializados e ultraprocessados. “Interessante é que estudos mostram que a obesidade pode ser uma das responsáveis pelo quadro de transtorno de ansiedade e depressão, que, em certas pessoas, agravam o quadro de compulsão alimentar”, completa.

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Alimentação

O crescimento da obesidade no Brasil também é motivo de preocupação para a classe de nutricionistas.  “Como se trata de uma condição crônica e multifatorial, é importante que compreendamos que ela é produto de um conjunto amplo de fatores que vão desde a questão da alimentação, da atividade física até questões relacionadas a fatores psíquicos e sociais”, alerta Anderson Carvalho, coordenador de curso de Nutrição. 

De acordo com o nutricionista, a abordagem profissional deve envolver um conjunto de condutas que afaste o estigma causado pela gordofobia, trabalhando a aceitação do corpo (e sua dinâmica de oscilação) como um elemento da vida, mas também o uso de ferramentas terapêuticas para controle do peso e fatores associados, onde se incluem as mudanças alimentares, sejam elas induzidas por planos alimentares mais controlados ou processos de educação alimentar e nutricional. “A ideia é que os hábitos alimentares sejam articulados com estilos de vida mais saudáveis, como a prática regular de atividade física supervisionada, uma relação mais harmoniosa entre tempo de tela e fora das telas e interações sociais presenciais com amigos e família, como o compartilhamento de refeições e o lazer”, conclui Carvalho.

Consequências

Ainda de acordo com a pesquisa, 8,2% dos jovens brasileiros de 18 a 24 anos diagnosticados com obesidade têm hipertensão e 2,2% já têm diabetes. “São as duas doenças mais comuns que são consequências da obesidade. A prevenção é fundamental para a saúde a longo prazo. Buscar perder peso de forma saudável, aderindo a um estilo de vida saudável, é o melhor caminho para reduzir significativamente os riscos”, finaliza Dr. Rogério.

Da redação

 

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