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Responsável pela maior parte da visão, retina deve ser avaliada para que não perca sua função principal

Diagnóstico precoce é a melhor solução para tratar patologias como retinopatia diabética e degeneração macular relacionada à idade (Foto: reprodução)

Publicado em 17/12/2018

Local mais delicado do sistema visual, a retina é uma camada fina de tecido nervoso sensível à luz localizada no interior do olho. É o tecido que transforma luz em estímulo nervoso e o envia ao cérebro. Pode ser comparado a um filme numa câmera fotográfica. Sendo como uma tela para projetar as imagens enxergadas, que retém as imagens, traduzindo para o cérebro através dos impulsos elétricos enviados pelo nervo óptico ao cérebro.

A catarata, sem dúvida, é a principal causa de cegueira reversível na população. O paciente pode estar praticamente cego, não estar enxergando a mão dele em frente aos olhos, mas, quando operado, se a retina e o nervo óptico estiverem bons, esse paciente volta a ter 100% da visão.

Porém, algumas doenças relacionadas à retina podem causar cegueira definitiva mas, se diagnosticadas precocemente, podem apresentar ótimos resultados com o tratamento clínico indicado. Uma das principais é a retinopatia diabética, uma das patologias mais frequentes no Brasil, devido aos altos índices de diabéticos (cerca de 30% da população brasileira). Esses pacientes precisam ter cuidado com o controle glicêmico e serem avaliados por um médico oftalmologista anualmente. Casos mais graves da doença precisam ser avaliados a cada três meses e os pacientes precisam ser submetidos a um tratamento para evitar a cegueira, como a fotocoagulação com laser e a injeção intraocular. 

A segunda patologia que mais causa cegueira na população, principalmente nos países desenvolvidos. é a degeneração macular relacionada à idade, que antigamente era chamada de degeneração macular senil. No Brasil temos muitas incidências, já que a sobrevida da população está aumentando. É uma doença degenerativa que causa má formação nos vasos retinianos e, se não tratada no início, vai levar à cegueira. Primeiro, o paciente começa a enxergar distorcido, depois tem uma queda progressiva na visão e, na última fase, apresenta uma cicatriz na retina. Nesta fase, quando o paciente vem consultar, pedimos exames de urgência e já começamos a tratar. Geralmente começa num olho, e tem 50% de chance de ter a patologia também no outro olho.

A mácula é a parte mais importante da retina, é a área responsável por captar 90% da visão central. Os outros 10% servem para complementar a visão periférica. Um machucado, que pode ser por um trauma, uma infecção ou a degeneração pode comprometer a visão central, sendo o principal problema da degeneração da mácula e de outras patologias que a acomete. O mais importante é consultar um oftalmologista geral para avaliação e diagnóstico, e prontamente ser direcionado para um especialista em retina.

Os fatores predisponentes principais da degeneração da mácula relacionada à idade são genéticos, idade, tabagismo e exposição ao sol, pacientes brancos e com deficiência de vitaminas antioxidantes C, E, luteína e zeaxantina, que são importantes para a área macular.

Outra patologia que merece atenção é o deslocamento de retina, que começa com uma mancha escura no canto da visão e que vai se aproximando do centro, na região da mácula, diminuindo a visão. Ela pode ser causada espontaneamente, principalmente em pacientes míopes, naqueles que passaram por algum tipo de trauma na retina, e em pacientes que são operados de catarata. Se diagnosticada logo no início, é possível tratar a doença com laser. Mas como o paciente geralmente só procura o oftalmologista quando a visão central já foi atingida, a intervenção cirúrgica costuma ser a principal indicação.

Clínica de Olhos São Sebastião
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