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Exame oftalmológico em crianças
A importância do atendimento nos primeiros anos de vida

Tratamento precoce previne doenças como a cegueira ou a baixa visão (Foto: Reprodução)

Publicado em 25/03/2020

Estima-se que no mundo há cerca de 1,4 milhões de crianças cegas. No Brasil, o número chega a aproximadamente 35 mil cegas e outras 14 mil portadoras de baixa visão. Ao nascer, a criança enxerga muito pouco e sua visão pode se desenvolver até os 7 anos de idade. Como ela não sabe como é enxergar e na maioria das vezes não se queixa, a baixa visão na criança pode passar despercebida.

Existem doenças oculares especificas da infância e que devem ser reconhecidas precocemente: catarata e glaucoma congênitos ou infantis, alterações congênitas do nervo óptico e outras estruturas oculares, retinoblastoma (tumor na retina com pico de incidência aos 18 meses) e estrabismo. Além disso, no exame de rotina podem ser detectados erros de refração (miopia/hipermetropia/astigmatismo/anisometropia), capazes de prejudicar o desenvolvimento visual e global das crianças.

A Sociedade Brasileira de Oftalmopediatria preconiza o exame oftalmológico a cada 6 meses nos 2 primeiros anos de vida. No Brasil, o teste do olhinho é obrigatório e pode detectar algumas doenças oculares no nascimento. Ele é realizado na maioria das maternidades. Além disso, sem nenhum sinal de doença oftalmológica, acho pessoalmente importante a realização de exames de rotina: entre 6-12 meses de idade por oftalmopediatra, após os 18 meses (retinoblastoma), aos 3 anos de idade, entre 4-5 anos de idade e depois, a cada 2 anos.

Assim, detectando e tratando precocemente, podemos prevenir a cegueira ou baixa visão de muitas crianças.