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Estresse e pele: o que ele pode causar

Foto: Reprodução

Publicado em 11/02/2021

Não é novidade que o estresse é a base de várias doenças. Normalmente, ouvimos que é responsável por crises de ansiedade, depressão, enxaqueca, insônia e até infarto, mas esquecemos que a pele também sofre - e muito - com esse esgotamento físico e emocional. E com a pandemia, o stress crônico tem desencadeado cada vez mais doenças dermatológicas. 

“Não podemos esquecer que a pele é o maior órgão do corpo humano e, assim como o intestino, está intrinsecamente conectada ao sistema nervoso central e,  por isso, sempre sofre quando estamos desequilibrados. Algumas doenças já são preexistentes e desencadeiam com o estresse crônico. Outras, são potencializadas”, explica a dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SDB), Nádia Bavoso. 

Entre as principais doenças de pele causadas pelo stress, podemos destacar: 

Urticária: é uma irritação cutânea que pode acontecer em qualquer parte do corpo. Geralmente, já é preexistente e o estresse potencializa. Quando dura menos que 6 semanas e não deixa cicatrizes, é uma forma mais leve da doença. Quando persiste por mais tempo, pode se tornar crônica; 

Dermatite Atópica: é uma inflamação que causa muita coceira, manchas vermelhas e podem descamar a pele. Pode estar relacionada a outras doenças, como bronquite e rinite, mas o estresse emocional é um gatilho importante para a doença; 

Psoríase: é uma doença inflamatória crônica. Na maioria dos casos, tem fator genético, mas é agravada com o estresse. Sua característica principal são placas vermelhas e descamativas secas na região do couro cabeludo, joelhos e cotovelos; 

Vitiligo: outra doença de fundo genético e que pode vir à tona quando a pessoa está passando por momentos de estresse crônico. A doença ataca a produção de melanina, causando manchas brancas em diversas regiões. As áreas mais acometidas são as mãos, face e região genital. 

“Como estamos vivendo um momento de estresse coletivo pela pandemia do coronavírus, é importante ficar mais atento às mudanças na pele. Percebeu alguma alteração, converse com um dermatologista para controlar a doença e evitar ter mais um fator de estresse.”, completa Dra. Nádia.

Da redação