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Um estudo randomizado, realizado na Espanha e publicado em 2013 na revista New England Journal of Medicine, foi um marcador de terras em relação aos estudos sobre dietas e redução de risco cardiovascular. Todavia, foi verificado recentemente, que houve irregularidades no processo de randomização, afetando cerca de 20% dos participantes do referido estudo, que foi retirado dos bancos de dados da literatura. 

Os autores, por sua vez, refizeram as análises de todos os dados usando métodos de estatística para corrigir as irregularidades. Os resultados foram essencialmente os mesmos, sem nenhuma mudança significativa. Esta reanálise e seus resultados foram publicados em junho deste ano, na mesma revista. Foi um estudo multicêntrico que avaliou 7.447 participantes na faixa etária de 55 a 80 anos, sendo 57% do sexo feminino, os quais eram todos pacientes considerados de risco cardiovascular elevado, porém sem nenhuma doença cardiovascular até o início da participação no estudo. 

Os participantes foram divididos em três grupos, os quais foram submetidos a uma dessas três dietas: Grupo 1 - Dieta do Mediterrâneo suplementada com óleo de oliva extra virgem; Grupo 2-  Dieta do Mediterrâneo suplementada com um misto de nozes, amêndoas, castanhas e avelãs; Grupo 3 - Sem uma dieta específica, apenas havendo redução de gordura na dieta.

As conclusões dos pesquisadores foram que neste estudo envolvendo pessoas com alto risco cardiovascular, a incidência de eventos cardiovasculares maiores foi mais baixa nos pacientes que fizeram dieta do Mediterrâneo suplementada com óleo de oliva, e igualmente mais baixa nos pacientes submetidos a dieta do Mediterrâneo suplementada com nozes, amêndoas, castanhas e avelãs, na comparação feita com o grupo de pacientes que não foi submetido a uma dieta específica, apenas havendo redução da gordura na dieta.