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Coluna Maristela Amorim - 2ª quinzena de novembro/2019


Publicado em 20/11/2018

Étnico e ético (Crédito de foto: Divulgação/ethne) 

A moda aponta para um retorno ao natural, para o fim da ostentação, para o luxo consciente. Que bom! E nessa direção vem a ethne (assim, com minúsculas mesmo), a marca lançada por Samira Campos, que atuou em tevê durante muitos anos e se redescobriu em nova realização. “É o resultado de um sonho, do desejo de viajar para os cantos mais exóticos, de uma paixão por tecidos e uma vontade de me conectar com artesãos qualificados e talentosos do mundo todo”, conta. Numa viagem à Índia ela visitou o museu do Block Print, em Jaipur, onde conheceu a técnica ancestral de estamparia feita com carimbos de madeira. Foi o ponto de partida para o projeto lançado em setembro do ano passado e que hoje é sinônimo de caftans belíssimos e confortáveis, em algodão, seda ou ikat – tecido em tear manual -, com modelagens que permitem a liberdade total do corpo. A marca também trabalha com bolsas, chapéus, sandálias e acessórios feitos em palhas refinadas, como as encontradas em Bolgatanga, na África, em Cuenca, no Equador, ou Cartagena, na Colômbia, além da ráfia do Marrocos. Tudo muito colorido, mas delicado e numa sofisticação absolutamente sedutora.

Pele de ouro 

Fiquei absolutamente encantada com a produção do catálogo de Natal da Antonio Bernardo. A joalheria trabalhou com os contrastes do ouro branco e amarelo, fosco e brilhoso, pedras coloridas, efeitos geométricos característicos do autor, e um impressionante efeito em peles humanas, negras e brancas, com modelos que se entrelaçam em ângulos sensacionais. Confesso que não sei o que está mais bonito, as peças delicadas e que se impõem ou o efeito do cenário de corpos.

OCTA Fashion

Mais uma turma de Design de Moda da Udesc encerra a fase acadêmica e estreia no mercado profissional. Para se formar os alunos precisam criar uma mini-coleção que é apresentada no OCTA Fashion, evento muito bem produzido por eles mesmos – com apoio de estudantes de outras fases do curso – e que todo ano mostra gratas surpresas (como esta da foto). Tenho muito orgulho de ter acompanhado tudo isso desde o início – fazendo matérias como jornalista de moda -, de ter lecionado na instituição e de estar em sala de aula quando foi decidido o nome do evento que hoje é uma excelente referência. Uma ideia da professora Balbinete Silveira, que nunca mediu esforços nem suor, e que permitiu que se transformasse não só em vitrine para os novos talentos, mas em case de sucesso.