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Câncer de mama
Taxa hormonal está diretamente associada como fator de risco para a doença

Mulheres acima dos 50 anos são as mais afetadas (Crédito: Reprodução)

Publicado em 18/12/2018

O câncer de mama é uma doença que afeta principalmente mulheres acima de 50 anos. Já nos homens, a incidência é bem mais baixa. O câncer de mama afeta 1 homem para cada 150 mulheres. É uma doença que tem relação com a taxa de hormônios no organismo. As mulheres que não possuem ovários ou que possuem ovários não funcionantes, ou ainda que tiveram uma menopausa precoce e que nunca receberam terapia de reposição hormonal combinada (estrogênio mais progesterona), possuem um risco muito menor de desenvolver câncer de mama do que aquelas mulheres que têm uma história de menstruação normal.

O gráfico de risco de aparecimento de câncer de mama em relação à idade da mulher mostra dois componentes: primeiro, uma linha reta mais inclinada, que vai crescendo conforme aumenta a idade da mulher. Depois, há uma diminuição dessa inclinação quando chega a menopausa. A duração da vida menstrual, particularmente na fração que ocorre antes da primeira gravidez a termo, é um componente substancial do risco total do câncer de mama. 

O risco da doença é aumentado na mulher que teve a menarca (primeira menstruação) precocemente, que teve a primeira gravidez a termo mais tardiamente, e que teve a menopausa também mais tarde. As mulheres que amamentam por mais tempo apresentam uma substancial redução do risco de câncer de mama, independentemente do número de gestações, ou da idade em que teve a primeira gravidez a termo.      

Uma mulher vivendo na América do Norte até os 80 anos de idade apresenta uma chance em nove, de desenvolver um câncer de mama invasivo. Já uma mulher asiática tradicionalmente tem 1/5 a 1/10 do risco de desenvolver um câncer de mama invasivo em relação a uma mulher da América do Norte ou da Europa Ocidental. Isso se dá com a mudança da vida agrária para os sistemas econômicos industrializados e a vida na cidade. Possivelmente, essas diferenças estão associadas com a história menstrual e com a história de exposição intrínseca ao estrogênio. Contudo, diferenças nos hábitos alimentares têm também tido implicações, ainda que o papel da dieta na etiologia do câncer de mama seja controverso.
  


Sobre o autor

Dr. Jamil Mattar Valente

Médico cardiologista e responsável pela coluna de medicina preventiva do Jornal Imagem da Ilha


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