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Atualização sobre as vacinas contra a Covid-19

Foto: Reprodução

Publicado em 09/04/2021

Até o dia 06 de abril de 2021, mais de 678 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 foram administradas em todo o mundo, o equivalente a 8,8 doses para cada 100 pessoas. Até o dia 05 de abril de 2021 já haviam sido aplicadas 22 milhões de doses no Brasil. Isso é uma prova da segurança das vacinas que estão sendo usadas, as quais já foram aprovadas previamente.

Com o aumento da produção de vacinas em todo o mundo, especialmente no Brasil, onde a Fundação Fiocruz e o Instituto Butantan passam a produzir com insumos próprios a partir deste mês de abril, a taxa de vacinação deve acelerar.

Existe um otimismo crescente e esperança de que, em virtude dos esforços que estão sendo realizados para a imunização da população, e da imunidade que vai sendo adquirida naturalmente, dentro de alguns meses poderemos estar vendo a pandemia controlada.

Como no Brasil e na imensa maioria dos países livres, os governos são contra a obrigatoriedade da vacinação, estima-se que 25% da população adulta não desejará ser vacinada. Uma parte destes 25% pode já ter tido contato com o vírus e ter adquirido imunidade naturalmente. Todavia, a outra parte restante não possui imunidade e ficará sujeita a desenvolver a doença, dificultando de certa forma a efetivação da imunidade de rebanho.

Além disso, temos que considerar que as vacinas não fornecem uma imunidade completa, ou seja, as pessoas vacinadas podem adquirir a doença na forma leve ou assintomática e poderão transmitir para outras pessoas que ainda não estejam vacinadas. As vacinas não foram aprovadas ainda para aplicação em crianças e, desta forma, mais outros 25% da população ficarão sem vacina. Todavia, as crianças também podem transmitir a doença.

Temos que considerar, além disso, as variantes do vírus, que estão começando a aparecer e que mostram algum grau de resistência às vacinas. Os sistemas públicos de saúde precisam se planejar de forma que estejam preparados para uma doença que irá persistir e se tornará uma doença recorrente sazonal da mesma forma que a Gripe A. E, provavelmente, necessitará de uma vacinação que irá sendo modificada a cada ano por causa das variantes.

Outro fato que devemos considerar e que nos deixa mais confortáveis, é que nos países onde já está ocorrendo uma vacinação em massa da população, como em Israel, por exemplo, o número de novos casos de pessoas infectadas está entrando em queda livre. Isso está ocorrendo também nos grupos de trabalhadores da saúde, os quais foram vacinados com prioridade. Nesses grupos, a taxa de novos casos diminuiu significativamente. Isso é uma prova da eficácia das vacinas.

Dr. Jamil Mattar Valente

Medicina preventiva

 

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Sobre o autor

Dr. Jamil Mattar Valente

Médico cardiologista e responsável pela coluna de medicina preventiva do Jornal Imagem da Ilha


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