00:00
21° | Nublado

Arte do mundo
Objetos decorativos expressam a cultura e as tradições de cada país


Publicado em 23/02/2012

O mundo é um baú de peculiaridades. Cada canto do planeta esconde um contexto, uma forma. Costumes são traduzidos em arte e a arte nos revela lugares, traços, inspirações e objetos de desejo. Girando o “globo” identificamos destinos, ensejos, modos, ocasiões, tons e tendências, cada qual de sua maneira, que preenchem os olhos e nos convidam para uma grande viagem de cores, sem destino, pelo planeta “decoração”.

Este convite começa pela gelada Rússia, palco de grandes revoluções. Foi lá que surgiram as Mamuskas, bonecas tradicionais feitas de madeira, colocadas uma dentro das outras, de seis a sete figuras que, acopladas, encantam pelos desenhos minuciosos, feitos à mão. São camponesas ou até mesmo fadas – vindas diretamente dos contos populares.

Do Oriente, dragões sopram a magia chinesa, através de obras suntuosas, repletas de detalhes e traçados feitos com extremo capricho. A porcelana, tão característica, ganhou admiradores por onde passou e nas estantes decoram, ou melhor, inspiram.

Paris, dos casais apaixonadas, da eterna luz, dos prazeres da mesa, nos apresentou o surrealismo característico dos anos 20, que Woody Allen tão bem encenou em sua última obra de ficção. E ele não perdeu a mão, já que, de bom gosto, os franceses entendem.

Nos “States”, destino de sonhadores, Andy Warhol evidenciou naipes e rostos. Marilyn sagrou-se musa, assim como tantos outros ícones do cinema e da música. Enfeitam diversos objetos. Estampam sonhos, assim como, estrelismos, comportamentos e atitudes. É paz e amor, é business, é romantismo, é modernidade.

Desembarcando no Brasil, do encontro entre o verde, o amarelo e o azul, a decoração ganha retrato em palha, folha e cipó. Do barro, estruturas são criadas, revelando um “barroco” de miscigenação, de características ímpares. Um danado samba do crioulo doido e uma deliciosa mistura de branco com preto, de índio com europeu, de árabe com japonês, assim como toda arte deve ser.