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Nariz trancado?
Uso contínuo de descongestionantes nasais pede atenção

Em resfriados e sinusites, aplicar soro fisiológico nasal com frequência, manter-se hidratado e conservar a casa limpa e arejada podem ajudar muito (Foto: Reprodução)

Publicado em 23/07/2019

A congestão nasal é uma reação do organismo a processos infecciosos alérgicos, virais ou bacterianos, como a gripe, os resfriados e a sinusite, ou por problemas anatômicos, como o desvio do septo. Para aliviar o sintoma, muitas pessoas utilizam, sem restrições, os descongestionantes nasais, o que pode ser um grande problema.

“Com a mucosa nasal irritada, os vasos sanguíneos se dilatam, o volume de sangue e também de secreção aumentam na região, dificultando a respiração. Com o uso do descongestionante, que contêm substâncias vasoconstritoras, os vasos se contraem, desincham e sobra mais espaço para a passagem do ar”, explica o otorrinolaringologista Arnaldo Tamiso.

Além disso, durante as estações com clima frio e seco, os agentes alérgenos, como poeira e poluição, ficam mais tempo suspensos no ar, aumentando mais a irritação da mucosa nasal e favorecendo o entupimento do nariz.  “Mesmo assim, o descongestionante só deve ser usado em casos específicos, por exemplo, durante um resfriado, quando a pessoa não consegue dormir porque não está respirando bem. Mas o uso deve ser pontual e por, no máximo, cinco dias”, diz o especialista.

Riscos e alternativas

Uma das consequências do uso frequente deste medicamento é que o efeito tende a diminuir, e o nariz volta a ficar entupido cada vez mais rápido. Assim, a passagem do ar só acontece de forma satisfatória com o uso do produto. “Outros problemas mais graves podem surgir, tais como a rinite medicamentosa, taquicardia e hipertensão. O ideal seria existir a necessidade de prescrição médica para a venda desse remédio nas farmácias”, alerta o otorrinolaringologista.

Uma alternativa para aqueles que desejam parar com o uso contínuo de descongestionantes nasais é fazer uma avaliação com um otorrinolaringologista para identificar possíveis desvios no septo e inchaço nasal, podendo, até mesmo, realizar uma cirurgia para a correção. Para casos pontuais, como resfriados e sinusites, é importante evitar a irritação da mucosa. “Aplicar soro fisiológico nasal com frequência, manter-se hidratado e conservar a casa limpa e arejada podem ajudar muito”, afirma Dr. Tamiso.

Da redação