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A importância do zinco no nosso organismo

(Foto: Divulgação)

Publicado em 25/06/2018

O zinco tem sido reconhecido como um elemento distinto desde 1509, mas não havia sido identificado como um mineral essencial até o século passado. Em 1961 foi estabelecida uma ligação entre a deficiência de zinco e o hipogonadismo endêmico, e com o nanismo na zona rural do Irã.

Recentemente, um grande interesse tem sido gerado pela possibilidade de que a deficiência subclínica de zinco pode significativamente aumentar a incidência, a mortalidade e a morbidade por diarreia e infecções das vias aéreas superiores. Juntamente com ferro, iodo e vitamina A, a falta de zinco é uma das principais deficiências de micronutrientes em todo o mundo. Vários estudos demonstraram que a suplementação de populações de alto risco pode ter benefícios substanciais à saúde.

São fontes importantes de suplementação de zinco na dieta: as carnes vermelhas e frangos, as nozes e as lentilhas. Nas dietas dos países ocidentais, produtos alimentícios tais como cereais matinais são fortificados com zinco e esses produtos fornecem uma importante suplementação de zinco.

Estima-se que cerca de 45% da população adulta tanto no Brasil como em outros países tem uma ingestão inadequada de zinco. O zinco é ativamente absorvido no intestino delgado.  Uma vez absorvido no intestino, o zinco é carregado pela circulação portal até o fígado. A absorção do zinco pode estar prejudicada em pessoas que têm doenças no pâncreas, pois as enzimas pancreáticas são necessárias para a liberação do zinco.

Aproximadamente 250 proteínas no nosso organismo contêm zinco.  Isso inclui enzimas como a conversora da angiotensina, a fosfatase alcalina e a anidrase carbônica.

Além disso o zinco tem um importante papel tanto na divisão celular como na apoptose, que é a morte programada das células. Uma leve deficiência de zinco na dieta prejudica a velocidade de crescimento da pessoa, enquanto que uma depressão severa de zinco leva a um retardo importante no crescimento.

Outras manifestações clínicas da deficiência de zinco incluem um retardo no desenvolvimento sexual, impotência, hipogonadismo, alopecia, perda do paladar, disfunção do sistema imunológico, cegueira noturna, cicatrização prejudicada das feridas e várias outras lesões na pele. As alterações dermatológicas ocorrem primariamente nas extremidades ou em torno dos orifícios do corpo e são frequentemente caracterizadas como lesões pustulares vesiculobolhosas e eritematosas. Outros sinais e sintomas da deficiência de zinco incluem a mudança na cor do cabelo, perda do apetite e diminuição da contagem dos espermatozoides.


Sobre o autor

Dr. Jamil Mattar Valente

Médico cardiologista e responsável pela coluna de medicina preventiva do Jornal Imagem da Ilha


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