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Você é disruptivo?
Tecnologias proporcionam interatividade máxima e é preciso seguir o fluxo para acompanhá-las

Atualmente o desafio é fazer as perguntas certas para lançá-las num mundo compartilhado e colaborativo, pois ninguém mais tem controle sobre a informação (Foto: Reprodução)

Publicado em 03/06/2016

Disrupção. Esta é a nova expressão do mundo corporativo contemporâneo. Nove entre dez especialistas em comunicação inovadora usam a palavra para caracterizar o comportamento que, agora, todos esperam de todos: romper com o passado, quebrar paradigmas, detonar conceitos antigos. Esta é a nova ordem corporativa mundial. E se você não faz a mínima ideia do que estamos falando aqui, é melhor correr atrás do prejuízo.

Como bem disse Renato Russo, “o futuro não é mais como era antigamente”. Basta dar uma olhada ao seu redor e ver como novos conceitos estão inventando uma nova economia e mudando o comportamento mundial. O smartphone é um exemplo clássico de disrupção. A internet na palma da mão está revolucionando a forma de agir, de falar, de se comunicar, de trabalhar e de ganhar dinheiro. Ou não? Afinal, o que você fazia antes quando não olhava para o seu celular 150 vezes por dia? Sim, essa é a média que pessoas comuns visualizam mensagens, redes sociais e notícias no seu smartphone todos os dias da sua vida até que uma nova disrupção ocorra.

As empresas também não se comportam mais da mesma forma. Pessoas mudam, organizações mudam e o mercado... muda! As maiores empresas de vendas e serviços já não existem mais fisicamente. A maior empresa de taxis, o Uber, não possui um carro sequer. A maior rede de hospedagens do mundo, o Airbnb, nunca foi dona nem de uma pousadinha. O site com maior venda varejista do ocidente é chinês e nunca teve uma loja, estoque ou vendedor, o Alibaba. Quer mais? O maior distribuidor de músicas on-line do planeta, o Spotify, nunca assinou contrato com um único artista. Disrupção? Sim, agora você já sabe do que estamos falando.

O fato é que o mundo agora é colaborativo. Ideias, informações, negócios e produtos transpuseram a barreira física e hoje podem ser construídos a mil mãos, compartilhados e distribuídos. Não há limites para a mudança. O digital é disruptivo e quem insiste nas velhas fórmulas vai se informar mal, ficar para trás e pagar caro pelo que o concorrente tem de graça. A era digital não é negociável. Não há mais como fugir disso.

Ficou confuso? Ótimo sinal. Uma pesquisa americana com colaboradores de 200 das maiores empresas inovadoras do mundo mostrou que até mesmo as melhores cabeças do planeta estão se sentindo perdidas diante de tanta inovação e disrupção. Se antigamente as pessoas queriam respostas para seus questionamentos mais primários, hoje o desafio é saber fazer as perguntas certas para lançá-las num mundo compartilhado e colaborativo. Não vivemos mais numa estrutura linear, não nos cabe mais o papel de emissor ou receptor somente, ninguém mais tem controle da informação. A única certeza é de que nada será como antes. Bem-vindo ao mundo disruptivo!