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Raul Sartori traz as principais notícias do cenário político

Os presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, confidenciaram numa reunião, que uma das pautas prioritárias é aprovar a liberação dos cassinos no Brasil (Foto: Reprodução)

Publicado em 10/03/2021

Fez certo

   Certa mídia, sabe-se lá os motivos que a movem, bate no governo estadual por não ter priorizado a instalação de hospitais de campanha, mas fecha os olhos para uma estratégia mais que correta: por alguns milhares de reais a menos, faz uso dos hospitais já existentes, equipados e estruturados, de todos os tamanhos e localizações, bem longe da improvisação.  

Boff, de volta

  Depois de meses longe das redes sociais, eis de volta o ex-frei concordiense Leonardo Boff, um dos primeiros a botar sua assinatura numa “Carta Aberta à Humanidade” contra Bolsonaro. Nela, seus subscritores, dentre eles o cantor e compositor Chico Buarque, reivindicam a "condenação da política genocida" do governo.

Escandaloso

   Nos argumentos para convencer as pessoas a assinar abaixo-assinado virtual de apoio ao projeto de lei pelo fim dos super salários, parado na Câmara dos Deputados há 4 anos, a plataforma Change.org diz, numa conta simples, que o que excede ao máximo do funcionalismo público (R$ 39,2 mil, que equivalente ao salário dos ministros do STF) soma R$ 26 bilhões em recursos públicos em 10 anos. É hoje o custo de construção de 16 fábricas de vacinas contra a covid-19 e outras doenças.

Jeitinho

   Seis municípios de SC (que o Ministério da Economia não declinou) estão entre 54 de todo país, junto com seis Estados e o Distrito Federal, que deram reajuste, bônus ou gratificação a seus servidores, nos três poderes, mesmo estando impedidos pela lei que garantiu o socorro federal, no ano passado, para enfrentar a pandemia do covid. A contratação de pessoal só é permitida para repor cargos vagos até o fim de 2021.

Álcool x direção

    O Judiciário e o MP-SC estão se preparando para lançar no segundo semestre, o relatório Álcool x Direção 2020, com números dos 295 municípios catarinenses sobre carteiras de motorista apreendidas, motoristas que foram notificados e o aparato existente em cada cidade para botar na cabeça de todos que o álcool e a direção não combinam.

Homens de confiança

   De olho nas eleições de 2022, Bolsonaro tem estimulado alguns de seus principais auxiliares no Palácio do Planalto a se lançarem candidatos. Conforme “O Globo”, entre os “homens de confiança” que já vem apadrinhando está uma aposta na candidatura ao Senado por SC, do secretário especial de Pesca, Jorge Seif, um dos auxiliares mais frequentes nas lives presidenciais. Seif já se filiou ao PL, partido de Valdemar Costa Neto e do senador Jorginho Mello, que tem o apoio de Bolsonaro para disputar o governo de SC. No Carnaval, os dois catarinenses estiveram com Bolsonaro em São Francisco do Sul, onde o presidente passou dias de folga. Discutiram ali a viabilidade da aliança.

Aparências

   A empresa (um grupo educacional que já foi um dos maiores da região metropolitana de Florianópolis) vai mal, muito mal, tanto que diz que nem tem dinheiro para pagar as rescisões dos seus empregados. Mas seus donos vão muito bem, bem mesmo, desfilando com veículos que custam mais de R$ 300 mil e exibindo os paparicados filhos e agregados nas redes sociais, de férias nos mais refinados destinos turísticos europeus.

Mulher do campo

    Apesar de seu diminuto tamanho, SC é o Estado brasileiro com o maior índice de mulheres à frente das propriedades rurais: são quase 19 mil agricultoras que fazem a gestão dos estabelecimentos agropecuários, segundo o Censo Agropecuário de 2017.

Violência

  É bem vindo, e tomara que seja aprovado, projeto de lei da deputada Marlene Fengler (PSD) determinando que nos boletins de ocorrência lavrados pelas polícias militar e civil de SC, seja especificado quando a vítima de ato de violência tratar-se de pessoa com deficiência. A informação possibilitará traçar um mapa mais preciso da violência praticada contra este segmento da população.

Fantasmas

   Finamente algo para punir essa praga no serviço público que tanto causa indignação. O Senado começou a analisar projeto de lei para tipificar como crime a conduta de receber remuneração em razão de ocupar cargo, emprego ou função pública sem desempenhar de forma habitual atividade laborativa junto à administração pública, os chamados funcionários fantasmas. A proposta estabelece pena de reclusão de 2 a 12 anos, e multa. É pouco!

Quem conhece

   Talvez em Brusque ou Criciúma – que dividem o informal título de capital catarinense dos emergentes e das vaidades  –  haja alguém que tenha 39 anos, que trabalha há apenas 20 anos com remuneração mensal variando de R$ 15 mil a R$ 28 mil ao longo dos anos, que tem dois filhos em idade escolar e que consegue reunir dinheiro suficiente para comprar uma casa de R$ 6 milhões.

Vem aumento

   A empresa de tecnologia aplicada ao setor elétrico TR Soluções estima um aumento médio das contas de luz de 15,5% neste ano, bem mais que a inflação prevista, impulsionado pelo avanço do dólar, pandemia e baixo volume de chuva em algumas regiões. A estimativa para SC, Paraná e Rio Grande do Sul é de 12,6%. A Aneel já sinalizou que se nada for feito, a média da tacada pode ficar em 13%.

Quase unanimidade

   O atual procurador-geral de Justiça de SC, Fernando da Silva Comin, está mais que prosa. Na formação da lista tríplice para o cargo de chefe do Ministério Público estadual para o próximo biênio, concluída semana passada, recebeu o invejável percentual de 87% dos votos válidos, ou seja, 415 dos 477 votantes. Seus pares retribuem e reconhecem, assim, no voto, as virtudes de seu chefe, de quem ressaltam suas inúmeras virtudes, como as de conciliador, descentralizador, apolítico, pragmático e transparente, dentre outras.

Piso do magistério

   Por unanimidade, o Supremo Tribunal Federal confirmou a validade do artigo 5º, parágrafo único, da lei 11.738/2008, que prevê a forma de atualização do piso nacional do magistério da educação básica por parte do Ministério da Educação. O colegiado julgou improcedente a Ação Direta de Inconstitucionalidade ajuizada pelos governos de SC, Mato Grosso do Sul, Goiás, Piauí, Rio Grande do Sul e Roraima. Queriam que o reajuste do piso nacional fosse por meio de lei, e não de portarias do MEC. No fundo não queriam pagar o piso.

Roleta

   Quando senador por SC, Leonel Pavan focou boa parte de seu mandato naquilo, ou seja, a legalização do jogo no Brasil de forma que sua Balneário Camboriú pudesse se beneficiar. Frustrou-se. Mas agora há esperanças. Os presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, confidenciaram numa reunião, há dias, com CEOs das 50 maiores empresas do país, que uma das pautas prioritárias dos dois é aprovar a liberação dos cassinos no Brasil.

Ia sobrar

   Apesar das boas intenções, ia sobrar para os hospitais, com mais um custo, se fosse adiante projeto de lei, agora com votação suspensa na Assembleia Legislativa, que garante a presença de acompanhante em internação hospitalar de pessoa com deficiência, inclusive nos casos de covid-19. Havia sinalização positiva da Secretaria de Estado da Saúde e do Conselho Estadual das Pessoas com Deficiência. Mas os mais interessados nisso, os hospitais, estavam sendo ignorados. Iam apenas receber mais uma fatura para pagar.

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Sobre o autor

Raul Sartori

Jornalista e colunista de política do Imagem da Ilha


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