Imagem da Ilha

Ele é um dos grandes nomes da assessoria de Comunicação em Florianópolis. Há duas décadas, Davi Paes e Lima, 39, teve o primeiro contato com essa área, como colunista do extinto “Bem na foto”, site pioneiro no Sul do Brasil na cobertura de festas e eventos. Na época, ele cursava Ciências Contábeis na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). 

“Eu era muito boêmio, não perdia uma festa, principalmente em Balneário Camboriú, nos tempos áureos das festas na Barra Sul, principalmente no saudoso Ibiza Club”, conta. Esse universo em que Davi estava inserido o levou a entrevistar personalidades e a participar ativamente de ambientes sociais e a ter contato com música, festas e entretenimento em geral.

A partir daí, ele percebeu que Contábeis não era mais sua preferência e, após três semestres de graduação, migrou para o curso de Comunicação Social com habilitação em Jornalismo. “Na nova graduação, tive grandes mestres como professores, como os queridos Paulinho Scarduelli, Regina Zandomênico e Gonzalo Pereira”, relembra.

Sua relação com a vida noturna e o trabalho de promoter no começo da carreira o levou também a trabalhar como editor-chefe da revista House Mag durante quase 5 anos. “É um importante veículo que está até hoje no mercado, sendo referência no segmento de música eletrônica”.

Enquanto realizava esses trabalhos, ele dava os primeiros passos em assessoria de imprensa, mesmo sem saber, de fato, o que era. “Lembro que cheguei a levar meu currículo pessoalmente para o Roger Bittencourt na Fábrica de Comunicação, mas não fui contratado (risos)“, conta. Roger era um dos sócios da Fábrica. Ele faleceu em 2015, vítima de um atropelamento na SC-401.

Ainda durante a faculdade, Davi Paes e Lima fez estágio na Eureka Comunicação, do jornalista e seu professor na época, Gonzalo Pereira. “Foi lá que aprendi muito sobre o dia a dia de uma agência de comunicação. Mesmo sendo estagiário eu tinha bastante autonomia e cheguei a estar à frente do atendimento de alguns clientes importantes para a agência, como a extinta Fenasoft – pioneira feira de informática no país”. 

A veia empreendedora

Durante e após o estágio, Davi já tinha seus próprios clientes e trabalhava também como autônomo. “Cheguei a vivenciar o tempo em que precisávamos imprimir o release e revelar fotos para levar às redações dos jornais. A internet já existia, mas muitos colunistas exigiam receber as fotos reveladas”.

A relação com Florianópolis

Nascido em Santos (SP), Davi mudou-se com a família para a capital catarinense ainda muito pequeno, por isso conta que se considera um manezinho. “Eu amo Florianópolis e tenho sérias dificuldades em ficar longe daqui. Acredito que somos muito privilegiados de, literalmente, morar onde muitos passam férias. Quando comento com colegas de profissão que moram em São Paulo sobre cogitar (ou já ter cogitado) sair daqui, eles dizem que eu sou louco”, conta. 

Se ele já teve vontade de morar em outros locais? “Já tive. Se você fizesse essa pergunta há 15 anos eu responderia sem hesitar que sim. Hoje eu gosto muito de morar aqui, estou feliz aqui e teria dificuldades de abrir mão de ter a vista da Beira-mar Norte a poucos passos de mim. E também as empresas entenderam que os profissionais podem trabalhar de onde estiverem para qualquer cliente do mundo – e isso amplia muito as nossas possibilidades”. 

Davi retrata o crescimento da Capital, principalmente de uma década pra cá – ou até menos. “Hoje temos boas opções gastronômicas na cidade; não precisamos mais ir a Buenos Aires para comer uma boa carne ou ir até SP para encontrar bons restaurantes italianos. E, com a chegada de muitas empresas de tecnologia, o mercado também mudou drasticamente; acredito que o Brasil começou a nos olhar com outros olhos, não mais apenas como uma cidade bonita e cheia de praias”.

Amante de música, cinema e gastronomia, Davi Paes e Lima conta que seu lazer, hoje, é ir ao cinema e a bons restaurantes, filosofar sobre a vida tomando um bom vinho com amigos e ficar na paz do sítio da família com os cachorros.

Da época das festas ficaram as lembranças. Hoje, Davi prefere curtir os momentos de forma reservada
 

O universo da assessoria de comunicação

Há 2 anos à frente de sua própria agência, a Paes e Lima Comunicação, após empreender em sociedade com a também jornalista Carla Lins, por 9 anos, Davi conta que atualmente o foco é na comunicação empresarial, quando ele consegue desempenhar o que realmente gosta. “Esse trabalho me faz sentir realmente um jornalista. Gosto de pesquisar, conhecer e aprender coisas novas sempre, me aprofundar em diferentes assuntos, escrever sobre algo diferente todos os dias, poder mergulhar em diferentes áreas estando em uma mesma profissão”. 

Diferente da época em que curtia as festas e gostava de estar com muitas pessoas, atualmente Davi se considera reservado. Ele conta que trabalhar em equipe foi fundamental para a sua evolução na profissão, mas que hoje em dia prefere mesmo é trabalhar sozinho. “Gosto de trabalhar no meu canto, em silêncio, com o menor número de pessoas possível; e a internet nos permite isso. De uns bons anos pra cá sou bastante caseiro. Talvez até por isso tenha dado mais enfoque à comunicação empresarial do que ao trabalho como jornalista em veículos”.

O jornalista ressalta que tem o privilégio de trabalhar com grandes profissionais do país inteiro e aprender todos os dias com eles. “Minha prioridade hoje é solidificar a Paes e Lima Comunicação no mercado e entregar cada vez melhores resultados aos meus clientes”.

Texto escrito por Gabriela Morateli dos Santos

Gostou deste conteúdo? Compartilhe utilizando um dos ícones abaixo!
Pode ser no seu Face, Twitter ou WhatsApp!

Para voltar a página de entrada do portal Imagem da llha clique AQUI