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O mundo dos astros não é tão misterioso assim para ela. Nossa Personagem da Semana identificou sete possíveis asteroides que ainda não haviam sido catalogados pela NASA. Isso foi em 2021, durante a pandemia. Desde então, esses asteroides passam por uma pesquisa minuciosa na Universidade de Havard, nos Estados Unidos, e um deles já foi confirmado. “Agora eu poderei nomeá-los”, celebra Rosa Maria Pereira Miranda, de apenas 15 anos, estudante do 1° ano do ensino médio em Florianópolis, e responsável por esse feito tão relevante para a Ciência.

Desde os primeiros anos de vida, Rosa já demonstrava a paixão pelo universo, pelas estrelas.  Porém, foi na pandemia que a adolescente se conectou com o mundo acadêmico e passou a participar de vários cursos dentro de setor aeroespacial. “Comecei com os cursos da UFSC (Universidade Federal de SC): de astronomia e astronáutica, astrofísica I, astrofísica II e cosmologia; depois, os da NASA; da Universidade de Stanford; e do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), da Agência Espacial Brasileira”, conta. Na UFSC ela faz estágio voluntário, participa de projetos de extensão e, neste semestre, frequentará aulas de Astronomia da graduação de Física como aluna ouvinte. E não para por aí: está escrevendo um artigo científico sobre a importância do ensino da astronomia na educação básica.

A paixão pela área vai além dos estudos. Rosa é participante assídua de eventos onde tem a oportunidade de fazer novas descobertas, seja para o seu crescimento pessoal, para compartilhar suas experiências com outras pessoas, especialmente para os jovens, ou para oferecer à Ciência toda a sua capacidade intelectual. Ganhou o título de cientista cidadã da NASA, onde participa há dois anos de um programa chamado Caça Asteroides, fazendo análises de imagens de um telescópio que fica no Havaí.

Rosa está sempre em campo fazendo novas descobertas e compartilhando seus conhecimentos
 

Recentemente, palestrou na Frente Parlamentar da Juventude, que aconteceu na Assembleia Legislativa de SC, defendendo a educação e a ciência para os jovens. “É um tema muito importante de ser debatido e foi uma felicidade para mim estar entre pessoas tão relevantes para a atual política brasileira, e ouvir jovens falando sobre algo que nos afeta todos os dias: as dificuldades que enfrentamos e sobre o que é necessário para fazer ciência sendo jovem”, disse.

Neste ano, Rosa participou da Olimpíada Brasileira de Astronomia, da Olimpíada Brasileira de Foguetes (sua equipe passou para a fase nacional no Rio de Janeiro), da Olimpíada Brasileira de Matemática em Escolas Públicas e Privadas (passou para a segunda fase), e da Olimpíada Brasileira de Satélites – MCTI. Nesta última ela começou a desenvolver um projeto que evidencia a importância dos manguezais no combate ao aquecimento global. Além de tudo isso, ministra palestras e aulas voluntárias e particulares de astronomia em escolas públicas e privadas.

Um mundo de possibilidades

Rosa está se preparando para ir além. Faz aulas de inglês para se tornar fluente no idioma, pois observa a necessidade de se comunicar cada vez melhor dentro de todas as atividades que desempenha e das que virão.

E ela quer ir além! Seu sonho é pilotar. “Quero fazer um intercâmbio especializante em aviação, ainda no ensino médio, com o intuito me inserir na área e fazer um curso. Pretendo conseguir a carteira o mais rápido possível”, afirma. Não há dúvidas de que o mundo é pequeno para ela! “Além da faculdade, é claro. Penso em fazer engenharia aeroespacial ou astrofísica. Meu sonho sempre foi estudar no MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), e o que eu poder conhecer do mundo estudando, eu o farei”, finaliza.

Texto escrito por Gabriela Morateli dos Santos

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