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Urbano Salles - 'A vida pós-pandemia'

Professor Toninho Nunes com a noiva Luciana Peres (Crédito de foto: Arquivo pessoal)

Publicado em 17/06/2020

Esperança, sonhos: a vida pós-pandemia

O Imagem da Ilha reuniu depoimentos com os desejos para quando o mundo se sentir mais protegido do novo coronavírus. Abraçar os familiares, viajar, um café no shopping... Confira o que nossos entrevistados querem fazer depois que o pior passar. Até um cão "falou"!

 

"Meu desejo pós-pandemia é voltar a almoçar com toda a família aos domingos. É fazer novamente as Rodas de Rendeiras e a Ratoeira para cantar lindos versos no entorno do Mercado Público" (Roseli Pereira, moradora da Armação do Pântano do Sul, educadora e pesquisadora da cultura popular)


"Decretada a segurança, quero tomar um café no shopping, sozinha... Olhar quem passa, um aceno para um conhecido. Talvez um amigo venha de surpresa, sente e fale sobre ser livre novamente. Depois, a livraria, um reencontro físico com o cheiro de livro novo, incomparável. A volta, a pé, na  certeza de que a rotina se restabeleceu. Ser feliz é simples" (Elza Galdino, advogada, professora e palestrante)


"Terminou! Então nada melhor que ir a Roma apreciar o maior museu a céu aberto. Aproveitando e ir de carro até Firenze passando pela linda Toscana. Caminhar na Ponte Vecchio apreciando a arte dos joalheiros. Depois cumprimentar Davi, finalizando com uma boa massa na Taverna da dona Diva" (Professor Toninho Nunes  com a noiva Luciana Peres)


"Meu sonho, depois que a quarentena acabar, é fazer uma viagem para conhecer o Salar de Uyuni, na Bolívia! Assistindo dias atrás a um documentário sobre esse lugar, fiquei apaixonada! Um deserto, com o chão coberto por uma grossa camada de sal, que na estação das chuvas é parcialmente coberto por uma água, o que transforma o chão em um  espelho do céu. Simplesmente, divino!" (Margareth Hernandes, advogada, presidente da Comissão de Direito Homoafetivo e de Gênero da OAB/SC e militante dos direitos lgbti) - Foto: Jessicah Kindermann


"Eu considero que a pandemia vai acabar mesmo quando chegar a vacina, mas, se tiver um momento mais tranquilo e pudermos sair da quarentena, a primeira coisa que quero fazer é sair enlouquecida pela cidade, ver as ruas, caminhar sem neurose, olhar, e fundamentalmente abraçar as pessoas, beijar muito, sentir de novo a pele, a textura humana, do aconchego, poder reencontrar as pessoas que amamos profundamente, os amigos e colegas. Depois, profissionalmente, quero voltar ao palco, dirigir teatro, e reestrear Luz em Einstein, que duas semanas antes da quarentena estava toda preparada, mas acabou cancelada. Assim como tudo parou, paramos também. Acima de tudo, quero sentir a pele humana, poder tocar e abraçar, sem esse desespero de ver de longe ou só por uma tela" (Carmen Fossari, diretora de teatro).


"Sinto muita falta dos passeios com minha dona (Silvana). Antes da pandemia, nós saíamos todos os dias para caminhar, era tão bom me exercitar, ver o movimento das ruas, encontrar pessoas parando para elogiar meu porte de lord e minha boa educação. Quero poder sair e voltar sem medo de estar levando o vírus nas minhas patinhas e no meu focinho para dentro de casa" (Francisco Piazza, buldogue francês, sete anos, morador dos altos da Rua Tenente Silveira).


"Desejo andar pela Praça XV, Largo da Alfândega e Mercado Público... caminhar por esses lugares observando as pessoas, suas atividades, as relações que estabelecem com esses espaços onde a cidade pulsa. Gosto de cidades, principalmente de seus centros, com sua mistura e intensidade... tenho saudade de caminhar, sem destino, pelo centro de Floripa!" (Katia Véras, arquiteta e professora da Udesc)


"O que realmente está fazendo uma falta tremenda durante esse distanciamento social é fazer um show com contato humano, de verdade! Já está demorando muito para acontecer! Quero que isso acabe logo para que possamos nos abraçar novamente" (Janet Machnacz Ferreira, da dupla Janet e Joel Brito)


"Quando a pandemia passar, nosso desejo é sair de casa, sem medo, para matar a saudade dos amigos e aproveitar as coisas simples, mas que fazem total diferença nas nossas vidas. Queremos encontrar nossos familiares e poder manifestar carinho e afeto por meio de abraços e beijos!" (Anand de Freitas Figueiredo e Kellyn Gaiki Menegat, estudantes)


"O meu sonho, quando terminar toda essa pandemia, é retornar aos trabalhos em eventos, para poder registrar, captar e eternizar cada momento e alegria das pessoas"  (Nórton José, fotógrafo) - Foto: Paula Maria Laís Lemos


"O meu maior desejo pós- pandemia é de poder abraçar e beijar minha filha, meus pais, familiares e amigos queridos. Quero poder sair para confraternizar, comemorar a vida e voltar a viajar, que é uma das minhas paixões" (Jane Mary Gérmann)
 



"Depois da pandemia quero reviver com liberdade" (Julio Garcia, presidente da Assembleia Legislativa)


Sobre o autor

Urbano Salles

Jornalista de Florianópolis, colunista do Imagem da Ilha.


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