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Atleta da Capital é aprovada no Internacional de Porto Alegre

“Tudo melhorou depois que comecei a treinar no Programa”, diz Dgelly Gabrielli dos Santos, 13 anos, se dirigindo ao Programa Bairro Educador (Fotos: Divulgação/PMF) **Clique na imagem para ampliar

Publicado em 17/05/2022

“Um dia vocês verão essa menina na seleção brasileira de futebol”. A profecia é do treinador, Marcos Cabral, o Galego, professor da oficina de futebol do Programa Bairro Educador, da sede Monte Verde, ao se referir à atleta Dgelly Gabrielli dos Santos, 13 anos. Tanta confiança tem uma explicação: a garota acaba de ser aprovada em um teste no clube Internacional, de Porto Alegre. Mas, por ainda não ter idade regulamentar para uma transferência formal, só poderá integrar ao futebol feminino do time gaúcho a partir de dezembro, quando assinará contrato para fazer parte das categorias de base.

Até lá, a ponta esquerda continua aprimorando os treinamentos na oficina de futebol na localidade conhecida como Barreira do Janga, no Bairro Saco Grande, que faz parte da sede Monte Verde do Programa Bairro Educador em Florianópolis. Os treinamentos são realizados diariamente a partir das 19h30, juntamente com outras 30 jogadoras. Mas no total a oficina oferece futebol para 50 meninas com idade a partir de sete anos divididas em diversas categorias.

O Bairro Educador é uma iniciativa da Prefeitura por intermédio da Secretaria Municipal de Educação. 

Concretizando um sonho

Dgelly conta que saiu do município de Palmitos, no extremo-oeste catarinense, em novembro de 2021 rumo a Florianópolis, com o objetivo de aperfeiçoar seu futebol e concretizar o sonho, de no futuro, ser atleta profissional. Foi morar no bairro Saco Grande e lá descobriu a oficina de futebol do Programa Bairro Educador. “Vi a oficina e me inscrevi. E deste então percebi que a partir dos ensinamentos do professor Galego meu futebol só cresceu. Condicionamento físico, domínio, passe de bola, posicionamento em campo, tudo melhorou depois que comecei a treinar no Programa Bairro Educador”, confirma a atleta.

Dgelly e o treinador Marcos Cabral, o Galego

O treinador Galego conta que assim que viu Dgelly em campo notou que estava diante de uma jogadora diferenciada. “Ela tem uma habilidade e técnica incomum para a sua idade. É bastante esforçada e logo no primeiro dia de atividade percebi seu grande potencial e no decorrer dos demais treinamentos fui acompanhando sua evolução”, relembra o treinador.

Gol e aprovação

Galego não ficou apenas na impressão. Ao ver que atleta tinha possibilidade de voos maiores resolveu montar um vídeo com alguns lances de Dgelly e enviou para os responsáveis das categorias de base do Internacional. O vídeo impressionou os colorados que logo marcaram um teste com a catarinense.

A habilidade da atleta surpreende até mesmo os colegas

O próximo passo foi montar uma rifa para custear o combustível em carro de passeio e estadia para o dia do teste. A comunidade ajudou o e valor foi alcançado. E assim, Galego, Dgelly e o pai dela, José Valdir dos Santos, rumaram para Porto Alegre. No trajeto dos 462 quilômetros que separam Florianópolis da capital portalegrense ansiedade, nervosismo e expectativa tomaram conta do trio.

Emoção pela aprovação
 
Ao chegar ao Internacional foram avisados que naquela data não era o dia de treinamento da categoria até 13 anos. Mesmo assim, os dirigentes colorados queriam ver Dgelly em ação e a colocaram para treinar com garotas de 17 anos. Era o teste. A catarinense mostrou toda a habilidade em campo, fez um gol – que foi anulado por impedimento – e deu um passe para outro, sendo uma das destaques do jogo vencido pelo seu time por 1 a 0. “Eu me lembro  que assim que ela deu o passe para o gol, o treinador gaúcho parou o treino na hora e me disse: ‘basta, ela está aprovada’”, lembra Galego.

Na viagem de volta a ansiedade, nervosismo e expectativa que marcaram a viagem de ida se transformaram em alegria personificada em choros, abraços e agradecimentos. “Agradeço ao Programa Bairro Educador por estar me proporcionando esta experiência única em minha vida”, enfatiza a futura atleta das categorias de base do Internacional.

Motivo de orgulho da família 

A alegria de Dgelly é compartilhada com sua irmã Dgnifer, 22 anos, que treina também na oficina de futebol do Bairro Educador. “A minha irmã é motivo de muita alegria lá em casa por tudo que está acontecendo. Meu pai está bastante empolgado com ela. E se estou agora no futebol é influência da Dgelly”, revela a goleira.

Bairro Educador

O Programa Bairro Educador é desenvolvido pela Prefeitura de Florianópolis nos bairros Monte Verde, Monte Cristo e nos morros da Mariquinha e Mocotó. Na sede Monte Verde, além do futebol, o programa oferece para a comunidade as oficinas de Apoio Pedagógico, Basquete 3x3, Beach Tennis, Capoeira, Corte e Costura, Ginástica e Corrida, Jiu-jitsu, Karatê, Futebol 7 e Voleibol.

Da redação

 

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