Seminovos respondem por 44,5% das compras via consórcio
No segmento de veículos leves, tíquete médio de R$ 63 mil é insuficiente para comprar um 0 km
Criado na década 60 para movimentar o mercado de 0 km, o consórcio de veículos tem atendido cada vez mais o consumidor interessado na compra de um carro usado.
Associação Brasileira das Administradoras de Consórcio (ABAC) divulgou pesquisa nesta segunda-feira, 1, mostrado que a participação dos seminovos no segmento de automóveis e comerciais leves saltou de 19,4% para 45,5% em dez anos – de 2014 para 2023 -, aproximando-se, assim, da metade dos negócios propiciados pela modalidade.
“No ano passado, do total de 682 mil veículos leves negociados com crédito de contemplação, 303,1 mil tinham de 1 a 3 anos de uso caracterizando-se, assim, como seminovos”, revela a Abac com base na pesquisa realizada pela Kantar.
Dentre as vantagens do consórcio, o economista da entidade, Luiz Antônio Barbagallo, diz que os pesquisados destacaram “um jeito de guardar dinheiro”, a possibilidade de compra planejada e a flexibilidade na hora de escolher o bem. Ou seja, quando da contemplação, o consorciado pode dar uma destinação ao dinheiro diferente da originalmente planejada.
Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da Abac, diz que muitos consorciados hoje já optam diretamente por planos que objetivam a compra de um seminovo: “Mas outros vislumbram essa oportunidade na hora da contemplação”.
Um indicativo de que o consorciado já pensa em um usado na hora de contratar o consórcio é o tíquete médio no segmento de leves. Apesar da alta de 10% em um ano, de R$ 57,3 mil para R$ 63 mil, o valor é insuficiente para se adquirir um modelo 0 km, que hoje está na faixa de R$ 70 mil no caso dos modelos de entrada, como Fiat Mobi e Renault Kwid.
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Fonte: Autoindústria
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