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Mulheres são destaque há mais de um século na Citroën
Muitos fatores foram pensados e aplicados por e para mulheres, sejam consumidoras ou colaboradoras da marca

Marca antecipou direitos para suas colaboradoras ainda na década de 1920. O fundador da marca criou um modelo acessível e que fugisse do comum pensado para o público feminino, o 5CV (Foto: Divulgação) **Clique para ampliar

Publicado em 03/10/2023

Ainda é comum – embora não devesse ser – ouvir de algumas pessoas que determinado veículo é um “carro de mulher” por conta do seu design ou de seu apelo familiar. No entanto, no caso da Citroën, muitos outros fatores já foram pensados e aplicados por e para mulheres, sejam as consumidoras ou colaboradoras da marca, há mais de um século. 

Nos anos 1910 e 1920, uma época em que direitos ainda demandavam uma luta intensa para serem conquistados, André Citroën, fundador da marca e responsável por importantes renovações até hoje reconhecidas e aplicadas na produção de veículos por todo o mundo, teve ideais feministas à frente de seu tempo.  

Disruptivo há 101 anos

Em 1915, André Citroën foi o primeiro empregador na França a pagar o décimo terceiro salário, além de incluir a mão-de-obra feminina em uma indústria majoritariamente masculina. Montou ainda serviços sociais inéditos, como cantinas e creches para as colaboradoras que tinham filhos, e destinou uma espécie de bônus para as que estavam no período pós-parto. Tudo para dar mais conforto e comodidade às mulheres, que eram maioria no seu quadro de funcionários, já que muitos homens estavam nas trincheiras por conta da Primeira Guerra Mundial. 

Nos últimos meses da guerra, a fábrica empregava mais de 12 mil pessoas. No entanto, ainda por conta do conflito, era comum que Citroën recebesse visitantes estrangeiros na planta. Muitos contatos estratégicos foram firmados e o executivo não só optou que esses intercâmbios permanecessem após a restauração da paz como criou um grupo de melhorias nas condições de trabalho, denominado Círculo Sindical Interaliado, com a seguinte condição: que as mulheres fossem admitidas nele. 

Já em 1922, André Citroën seguiu ousando e apresentou, no Salão do Automóvel de Paris, uma de suas criações voltadas para as mulheres: o Citroën 5CV, também conhecido como "Petit Citron". Naquelas primeiras décadas do século XX, os carros eram projetados quase que exclusivamente para os homens, sem se preocupar com os desejos de outros públicos. Mais ainda: uma época em que as mulheres não tinham os mesmos direitos que os homens, e poucas possuíam carteira de motorista. 

Pensando nas mulheres e em uma geração mais jovem que nunca teve a possibilidade de ter o seu próprio carro, o fundador da marca criou um modelo acessível e que fugisse do comum. O resultado foi o primeiro carro popular produzido em grande escala na Europa, lançado em cores vivas e alegres. Leve e ágil, o 5CV tinha manutenção e uso do dia a dia simples. Seus pneus redesenhados tornavam a condução mais suave e o pedal do freio tinha acionamento progressivo e leve — isso em uma época em que os modelos eram muito mais rústicos.  

Outro exemplo de modelo que se destacou no gosto feminino foi o Novo Citroën C5 X, eleito o MELHOR CARRO FAMILIAR 2023 no Prêmio Women’s World Car of the Year. Entre tantos atributos, os jurados destacaram que o modelo oferece um conforto excepcional, bom espaço interno e design atraente. 

Iualdade, inclusão e aprendizado

Em março, a Stellantis, grupo ao qual pertence a Citroën, adotou os Princípios de Empoderamento das Mulheres das Nações Unidas (WEP), significando um compromisso global com a igualdade de gênero. Até 2030, mais de 35% de seus cargos de liderança deverão ser ocupados por mulheres. 

Também no ano passado, foi criado o Women of Stellantis, o primeiro grupo de afinidade global da empresa e que, na região, é liderado por Vanessa Castanho, Vice-Presidente da Citroën para a América do Sul. 

Vanessa, que entrou na Citroën em maio de 2020, é a primeira mulher a dirigir a marca no continente e hoje, além de Brasil e Argentina, estão sob sua responsabilidade, as operações da marca na Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Guatemala, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai. 

Formada em Administração de Empresas com ênfase em Comércio Exterior e com MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas, Vanessa já soma mais de 25 anos de experiência no setor automotivo, ocupando diversas funções executivas sênior em atividades de Vendas, Marketing, Produto, Relações Governamentais e Desenvolvimento de Negócio.  

Seguindo cada vez mais firme na jornada de Diversidade & Inclusão, o Women of Stellantis representa e apoia cerca de 3 mil integrantes e aliados atuais em 26 países. O objetivo do grupo é principalmente ampliar os esforços da empresa em melhorar a representação e o avanço das mulheres, dando às colaboradoras a oportunidade de participarem ativamente das estratégias de negócios e de produtos da empresa.

Da redação

 

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