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Volta ás aulas: 5 dicas para cuidar da ansiedade das crianças

Psicóloga aconselha pais e responsáveis para lidar com o emocional e manter a saúde mental dos pequenos (Foto: Reprodução)

Publicado em 25/02/2021

Após quase um ano de ensino remoto, incertezas e medos por conta da pandemia da Covid-19, chegou a hora dos estudantes retornarem às atividades presenciais. Com essa volta, surge um desafio: controlar a ansiedade dos pais e filhos, para manter a saúde mental de todos. A psicóloga e psicopedagoga Karin Kenzler orienta as famílias para que essa adaptação seja feita da forma mais tranquila possível.

De acordo com a especialista, as aulas online prejudicaram bastante o ano letivo das crianças, assim como o medo e a ansiedade; afetaram a aprendizagem e interferiram na capacidade de foco e concentração. Retornar agora pode trazer alguns receios à tona: o medo da contaminação, as novas medidas de prevenção e a necessidade de se manter um distanciamento social.

Karin acredita que o foco das famílias deve ser em ajudar os seus filhos a lidar com a pandemia, os seus sentimentos, inseguranças e cuidados necessários relacionados a ela ao invés de cobrar boas notas. “É importante que os pais conversem sobre todas essas mudanças de hábito na escola com bastante antecedência com os filhos para minimizar o impacto na volta às aulas e também para avaliarem as reações e emoções dos filhos a respeito”, diz Karin.

Uma pesquisa feita pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) nos meses de maio, junho e julho de 2020, revelou que 80% da população brasileira se tornou mais ansiosa durante a pandemia. Se a criança apresentar alguma mudança de comportamento, como resistência ou angústia com o retorno das aulas, é importante procurar auxílio de algum profissional, como médicos e psicólogos. “A pandemia pode trazer consequências psicológicas a longo prazo em função do aumento da pressão e ansiedade nas crianças”, diz Karin. 

Segundo a psicóloga, algumas práticas podem ajudar os seus filhos a lidar melhor com a pandemia, como por exemplo:

Pergunte como seu filho se sente

Sempre pergunte sobre como eles se sentem em relação às restrições e ao isolamento. “Valide suas emoções, mas pontuando sempre a importância das medidas para a preservação da saúde e vida”, explica Karin.

Não faça promessas

Diante de tantas incertezas é difícil dizer quando tudo vai acabar e voltar ao normal, portanto é melhor não prometer nada, mas dizer que os médicos estão fazendo de tudo para achar logo a cura para a Covid-19.

Não deixe de falar sobre as medidas sanitárias

No contexto atual, é muito importante sempre lembrar as crianças dos cuidados necessários. “Frise sempre a importância de lavar as mãos e do uso da máscara para vencer o vírus”.

Não estimule a ansiedade das crianças

“Evite assistir ao noticiário ou conversar sobre o tema com outros adultos na frente das crianças, para não aumentar muito o medo com informações que elas ainda não conseguem abarcar e processar de maneira adequada.”, aconselha Karin.

Não Minta!

Sempre que seu filho te perguntar algo, responda com um tom de tranquilidade e fale a verdade. “Os pais devem dialogar e acolher os sentimentos da criança, procurando passar tranquilidade e confiança para ela”, conclui Karin.

Da redação

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