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Vice-governadora destaca exemplo do Oeste na participação de mulheres na política

Eu fico muito feliz em saber que tem 500 mulheres participando de um evento que fala sobre política, sobre direitos de nós todas. Aqui tem mulheres agricultoras, políticas, do Judiciário, de todos os ramos. Estamos ocupando o nosso espaço. Estamos fazendo valer o nosso direito de mulher”, afirmou a vice governadora Marilisa Boehm, no evento.

Publicado em 08/04/2024

A vice-governadora Marilisa Boehm destacou o envolvimento das mulheres da região Oeste de Santa Catarina na política. Durante o debate sobre a participação feminina na vida pública promovido pela Escola do Legislativo da Alesc, no sábado, 6, em Caibi, ela citou que a região é um exemplo para o estado e o Brasil.

Marilisa comentou que ficou surpresa em 2023, quando esteve na primeira edição do evento “A Força da Mulher é o que Move o Mundo”, organizado pelo grupo “Unir Mulheres é Mudar o Mundo” e pela prefeitura de Caibi com o apoio do Legislativo do município. “Ano passado presenciei aqui uma mobilização muito grande com 400 mulheres e hoje temos quase 500. Não é a toa que em Águas Frias a mesa diretora da Câmara de Vereadores é formada só por mulheres e que Caibi tenha duas vereadoras. Eu fico feliz porquê o Oeste está dando um recado para Santa Catarina, pois há cidades grandes que não têm tantas mulheres assim em áreas de gestão pública. E vocês aqui no Oeste são um exemplo”, citou.

Marilisa construiu sua trajetória sendo delegada de Polícia em Joinville, onde criou a primeira Delegacia das Mulheres na maior cidade catarinense. “Trabalhei 27 anos como delegada, prendendo agressores, vendo mulheres sofrendo, chegando até mim com a autoestima baixa, sempre preocupadas, desesperadas. E hoje entro aqui e vejo 500 mulheres participando de um evento que fala sobre política, sobre direitos de nós todas. Aqui tem mulheres agricultoras, políticas, do Judiciário, de todos os ramos. Eu fico muito feliz em saber que estamos ocupando o nosso espaço. Estamos fazendo valer o nosso direito de mulher”, afirmou.

Para a vice-governadora, o evento em Caibi foi de grande relevância. “É muito importante estar aqui para esse debate, para que a gente possa aprender um pouco mais, para que possamos contribuir para que todas as participantes tirem dúvidas. É um orgulho para mim como mulher ver que estamos unidas, nos fortalecendo em todos os setores, inclusive na política. Estou lá no Governo do Estado trabalhando muito junto com o nosso governador Jorginho Mello e lutando sempre pelas mulheres, porque a minha bandeira é a mulher, que é a coluna da casa. Eu tenho certeza que dando oportunidade para as mulheres, seja no campo, na área política, na área social, estamos dando condições para as famílias estarem mais fortes”, assegurou.

Rede de apoio

Fizeram parte do debate a diretora da Escola do Legislativo, Marlene Fengler, a presidente da União dos Vereadores de Santa Catarina (Uvesc), Marcilei Vignatti, a psicóloga e pedagoga Jaqueline Barp e a juíza da comarca de Palmitos, Mariana Cassol. Junto com a vice-governadora, todas deram exemplos próprios de preconceitos enfrentados tanto na vida pessoal quanto nos ambientes de trabalho e no setor público por serem mulheres.

Questionada sobre os direitos femininos e a ação do Judiciário em casos de violência doméstica, a magistrada contou que a atuação da Justiça precisa contar com a colaboração da comunidade. “O número de denúncias sempre sobe após eventos como o de hoje. E é muito bom que cada vez mais mulheres que são agredidas estão fazendo denúncias”, informou.

A vice-governadora concordou com a juíza. Na visão dela, eventos de mobilização como o realizado em Caibi despertam a mulher que é vítima de violência, fazendo com que ela procure os meios de defesa. “Muitas vezes isso não acontece porque a mulher acha que está sozinha. Vindo nessas palestras elas passam a saber que podem recorrer ao Governo do Estado, à polícia, ao Judiciário, ao Legislativo, às procuradorias das mulheres, a Assistência Social do município. Elas se conscientizam que têm uma rede de apoio que está aí para ajudá-las”, ponderou.

“Tenho certeza de que o que foi dito aqui é de muita importância para as mulheres caibienses, do Oeste e de toda Santa Catarina. Deixamos uma mensagem de força, coragem e determinação. Todas as mulheres devem ir à luta. Elas têm espaço em todas as áreas que desejarem participar. Não estamos brigando contra os homens. Muito pelo contrário, queremos unir forças, mulheres e homens, para fazer uma sociedade melhor”, concluiu.

Da redação

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