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Saúde mental de crianças e adolescentes: pandemia exige atenção redobrada

A saúde mental das crianças merece atenção especial durante a pandemia, mesmo depois de mais de um ano (Foto: Reprodução)

Publicado em 06/07/2021

As crianças foram afetadas profundamente em todas as áreas, principalmente a social e, consequentemente, de desenvolvimento psico-social. As reações emocionais e comportamentais mais frequentes nos pequenos durante a pandemia são as seguintes: dificuldade de concentração, irritabilidade, medo inquietação, tédio, sensação de solidão e alterações no padrão de sono e de alimentação. Em geral, elas decorrem da sobrecarga de trabalho e outras demandas dos familiares e da fragilização do funcionamento das redes de apoio.

É o que aponta o estudo “Crianças na Pandemia", realizado pela Fundação Oswaldo Cruz, que aponta, ainda, que pais e cuidadores conversem francamente com os jovens sobre a pandemia. O diálogo sempre deve ser aberto e as famílias precisam proporcionar um espaço de fala e escuta para as crianças sobre o assunto. “As crianças já sabem sobre o vírus e não se deve ter medo de se falar sobre. De acordo com cada idade, deve-se usar uma linguagem acessível e compreensiva. E também uma linguagem de acolhida, para que elas possam expressar o que estão sentindo”, explica a psicóloga Daniela Barone, psicoterapeuta comportamental que trabalha com desenvolvimento infantil e adolescente.

Outra estratégia é organizar a rotina familiar para evitar sintomas relacionados à ansiedade e ao estresse. “Famílias sem redes de apoio, escolas com ensino remoto, privação do convívio social. As crianças foram as mais atingidas nesse sentido”, diz.

Desprezar as emoções das crianças ou minimizar o que estão passando não vai ajudar. “É importante que as famílias se organizem e mantenham os horários para dormir, acordar, fazer as refeições e priorizem as atividades das crianças. Se organizem para auxílio das atividades escolares, retomem o convívio com os amigos de forma segura, proporcionem momentos de atividades e brincadeiras ao ar livre”, aponta a profissional.

O tempo de uso dos eletrônicos e exposição das telas deve ser administrado pela família, conforme o recomendado para cada idade, mesmo diante da situação de pandemia em que todos nós estamos mais propensos ao uso. 

Os pais devem ficar atentos ao conteúdo acessado pelos filhos, pois a exposição de conteúdos inapropriados para cada idade pode trazer prejuízos, além perigos que existentes na internet, como crimes sexuais. Segundo a profissional, houve um aumento expressivo na busca de ajuda por parte dos pais para lidar com essas situações nesse período de pandemia. 

Da redação

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