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Saiba quais os cuidados com os pets nos dias de folia

Veterinário orienta a redobrar a atenção com hidratação, sol forte, aglomerações, som alto, além de evitar adereços e produtos que podem comprometer a saúde dos bichinhos de estimação (Foto: Reprodução)

Publicado em 25/02/2019

Os pets também podem cair na folia. Mas, para se divertir no carnaval sem comprometer o bem-estar, é importante ter alguns cuidados. “As pessoas precisam ficar atentas a questões como hidratação, sol forte, aglomerações, som alto, além de tomar muito cuidado com fantasias, já que alguns adereços e produtos podem comprometer o bem-estar dos bichinhos de estimação”, explica o veterinário Italo Cássio. 

Fantasias confortáveis

As fantasias jamais devem tapar os olhos, dificultar a locomoção ou ser apertada. “Para se certificar deste quesito, é preciso sempre medir três dedos entre a roupinha e o corpo do pet, principalmente, na região do pescoço”, orienta o veterinário.

Verificar se a fantasia não é feita de tecidos muito grossos e pesados. Isso porque os animais não transpiram da mesma forma que as pessoas. Portanto, trajes muito abafados podem dificultar o processo de transpiração dos pets e desencadear graves problemas de saúde. “Por isso, o melhor é que sempre optar por tecidos leves que favoreçam a circulação de ar”, aconselha o Dr. Italo.

Se for à noite, aplicar fitas refletoras nas roupinhas dos bichos de estimação para que motoristas, motoqueiros ou ciclistas possam enxergá-los a distância em casos de eventual perigo.  

Experimentar antes e observar como os pets se comportam. O ideal é optar por roupinhas que permitam que eles andem com tranquilidade, pulem ou corram normalmente e não tenham dificuldades para fazer as suas necessidades.

Vale lembrar que alguns animais ainda travam quando são inteiramente vestidos. Se for o caso, é possível trocar as fantasias por adereços mais simples, como bandanas, laços, gravatinhas e até adesivos próprios para pets.

Barulho e multidões

Muitos bichos de estimação não estão acostumados com multidões e podem estranhar ambientes com muita gente e até com outros animais. Nesses locais, o som também costuma ser alto, o que pode incomodá-los, já que possuem capacidade auditiva maior do que a nossa. “Por isso, se possível, é sempre melhor optar por eventos mais tranquilos ou próprios para animais. Nestes ambientes, é mais fácil evitar o desconforto dos bichinhos”, afirma o veterinário.

O uso de guias e coleiras é indispensável, seja qual for a situação. Afinal, estes utensílios evitam que os pets se percam dos donos ou entrem em conflito com outros animais.

Proteção no ouvido

Para aqueles que vão ficar em casa e têm sensibilidade a barulho, é preciso fazer um isolante acústico do ambiente, fechando as janelas, deixando o ambiente tranquilo, evitando o estresse. Com orientação do veterinário, podem ser aplicados produtos para deixá-los calmos.

É possível utilizar protetor auricular para eles, como o algodão hidrofóbico, que repele água e acaba sendo um isolante acústico. Pode colocar um pedacinho de algodão com cuidado e bem superficialmente no ouvido do cão, somente no período que for exposto ao barulho. Logo em seguida, remover o algodão, pois se deixá-lo pode ter comprometimento e desencadear uma otite, por exemplo.

Sol e hidratação

Ao participar de blocos de rua, bailes, concursos ou desfiles a céu aberto, os tutores precisam tomar cuidado também com o horário. O Dr. Italo explica que, debaixo de sol forte, os pets correm o risco de ter hipertermia – que é quando a temperatura corporal sobe excessivamente. “Por isso, o melhor é não expor o pet diretamente ao sol, por períodos prolongados, entre 10h e 16 horas, que é quando as temperaturas estão mais altas durante o dia”, recomenda.

Para manter a hidratação, levar garrafinhas d’água, junto com um recipiente, para que eles possam ingerir líquido em intervalos regulares. Além disso, também é fundamental utilizar protetor solar específico para pets nas orelhas, focinho e barriga dos bichinhos, principalmente, entre os de pelagem clara que correm maior risco de desenvolver câncer de pele. “Todas essas medidas evitam o risco de problemas como insolação, queimaduras, entre outros, o que, claro, é muito importante para o bem-estar dos pets que participam do carnaval”, conclui o veterinário.

Da redação