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Que tal um cérebro mais descansado? saiba como

Respeitar os próprios limites e descansar o corpo e a mente é essencial no período de férias para que a volta ao trabalho não seja estressante (Foto: Reprodução/Internet) **Clique na imagem para ampliar

Publicado em 02/08/2022

O mês de agosto é marcado pela volta as aulas e atividades para quem conseguiu parar no meio do ano, mas nem sempre parar é sinônimo de descanso. Para entender o processo de férias ou descanso, depois de um longo período de atividades, nosso cérebro precisa de, pelo menos 5 dias. Depois disso, o período de descanso deve ser acompanhado de atividades que sejam diferentes do que o cérebro está acostumado no dia a dia.

O que está por trás do nosso descanso?

Com uma inflação alta, viajar ou ir a restaurantes ficou em segundo plano mesmo para quem tirou férias. O resultado disso é um período de descanso com menos atividades diferentes do que o cérebro está acostumado, e o pior de tudo: um maior tempo em telas – celulares e TV. 

“No mundo ideal, o tempo de férias deveria ser usado para proporcionar ao cérebro atividades variadas: seja por visitas à familiares ou conhecer pessoas novas. Viagens e estudo, ou até mesmo experimentar comidas diferentes. A realidade, no entanto, é bem diferente: inflação alta e ausência de projeções deste tipo para muitas pessoas. Essa ausência de planos neste período e dias repetitivos também impactam a sensação de cansaço ao retornar das férias”, detalhou Livia Ciacci, neurocientista do SUPERA – Ginástica para o cérebro.

Férias nas telas

Somado a este cenário, o uso excessivo de telas e celulares neste período é um fator determinante para manter o cérebro em constante estado de alerta, sem qualquer diferenciação do que ele está acostumado a fazer ao longo do ano.

Segundo a especialista, a não diferenciação deste período para os demais meses do ano somado ao excessivo uso de tecnologias digitais garante ao cérebro “mais do mesmo” quando justamente ele mais precisava parar e variar.

“Por que nos sentimos tão cansados? Essa resposta é multifatorial, mas passa também por essa normalização do uso de telas. Observe que estamos falando de uma geração – crianças, jovens, adultos e idosos tendo como principal fonte de lazer e entretenimento a vida diante das telas. A consequência disso para o cérebro é muito ruim, porque, além de reforçar um comportamento passivo e pouco imaginativo, mantém o cérebro em constante estado de alerta – até mesmo nos momentos que deveriam ser destinados ao lazer”, alertou.

Estado de alerta

A neurocientista Livia Ciacci reforça ainda que quando o descanso não acontece e o esforço acontece constantemente o cérebro passa a entender tudo como ameaça. “Isso leva a um aumento do estado de alerta, o cérebro manda o corpo liberar hormônios, como a adrenalina por exemplo, que faz com que os músculos se contraiam”, alertou.

Músculos contraídos comprimem nervos, levando ao surgimento de dores no corpo. Os pensamentos acelerados começam a alterar a qualidade do sono porque, nessas condições, o cérebro não consegue passar pelas fases normais do sono, não conseguindo, de fato, descansar. Daí começam a aparecer as mudanças comportamentais, como perda de interesse em coisas que davam prazer e outros sintomas de ansiedade. 

Vamos desligar?

Agora que você já sabe por que volta de férias tão cansado, confira 5 benefícios para o cérebro ter um cérebro mais descansado:

- Um cérebro descansado é mais bem-humorado e será capaz de socializar melhor, uma vez que terá mais chances de ver a vida com empolgação!

- Manter um ritmo saudável de descanso e sono facilita os processos de limpeza dos restos metabólicos que ficam no tecido cerebral após atividade mental intensa, e isso previne desordens como o Alzheimer.

- Criatividade é uma ação que depende de processamentos em segundo plano, fora da consciência, e eles acontecem principalmente nos momentos de descanso.

- As emoções e o estado de ânimo influenciam diretamente na capacidade de memorização de episódios e informações, quanto mais cansado, menos memória.

- Vários experimentos demonstraram que a fadiga faz com que nossas decisões sejam ruins e isso é levado muito a sério em algumas profissões, como os pilotos de avião.

Da redação

 

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