00:00
21° | Nublado

Projeto quer inibir os trotes ao SAMU

Crédito: Adjorisc

Publicado em 21/07/2014

Um dos objetivos primários do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) é realizar o atendimento pré-hospitalar por meio de cuidados médicos apropriados e transporte do paciente, quando necessário, até o hospital. No entanto, o número 192 muitas vezes é acionado sem necessidade ou em casos indevidos. Além disso, uma parte significativa de ligações recebidas pela Central de Regulação do SAMU é trote.

Em vista desses problemas, há aproximadamente dois anos, é realizado em Santa Catarina o Projeto Educa SAMU. Desenvolvido em parceria pela Secretaria de Estado da Saúde (aSES) e a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM) – organização social que administra o SAMU desde agosto de 2012, o projeto tem como objetivo orientar a comunidade. “Nossos educadores prestam esclarecimentos sobre o uso correto do serviço, quais as funções que ele exerce, quando deve ser chamado, combatendo, assim, os trotes”, explica Juliana dos Reis Guaresi, Supervisora de Planejamento do SAMU/SC.

O projeto está presente em todas as regiões do estado por meio de profissionais educadores que levam até as escolas, instituições de saúde e comunidades informações importantes como quando chamar o SAMU e as consequências dos trotes. A visita de um educador pode ser solicitada por e-mail (veja lista de contatos abaixo) e o Projeto Educa SAMU está à disposição de toda população catarinense.

Trotes

O SAMU recebe, em média, 70 mil ligações todos os meses. Desse total, cerca de 10% são trotes. O início das atividades escolares demonstra o aumento dessas ocorrências, pois os índices sobem consideravelmente. “Já chegou a 22%, o que significa perda de tempo e prejuízo ao atendimento de pessoas que realmente necessitam de ajuda”, ressalta Juliana. Com a implantação do Educa SAMU, atuando principalmente nas escolas e por meio da distribuição de folderes e cartilhas, os trotes diminuíram.

No mês de junho, as Centrais de Regulação de Atendimento do SAMU receberam 73.664 ligações, o maior número deste ano. Os trotes representaram 11% desse número; 19% foram atendimentos com envio de veículo e 2% sem; 16% foram apenas para prestar orientação. Os 52% de ligações classificadas como diversas completam o total.

Dos 25.214 atendimentos realizados, adultos de 20 a 59 anos constituem a faixa etária em maior número, 47,82%. Crianças (de 0 a 13 anos) e adolescentes (entre 14 e 19 anos) somam, respectivamente, 23,41% e 6,41%. Os outros 22,36% representam pessoas atendidas com 60 anos ou mais. As principais ocorrências são acionadas em casos de quedas, acidentes de trânsito, intoxicações, atropelamentos e agressões.

Quando chamar o SAMU

- Na ocorrência de problemas cardiorrespiratórios;
- Em casos de intoxicação por agentes externos;
- Queimaduras graves;
- Maus tratos;
- Em trabalhos de parto quando houver risco de morta da mãe ou do feto;
- Tentativas de suicídio;
- Crises hipertensas;
- Em casos de desmaios;
- Quando houver acidentes/traumas com vítimas;
- Afogamentos;
- Choque elétrico;
- Acidentes com produtos perigosos;
- Na transferência inter-hospitalar de doentes com risco de morte.

Da redação