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Mostra na capital reúne experimentos que mesclam ciência e humor

Foto: Dieve Oehme

Publicado em 09/09/2014

Quem não visitou a ‘Feira de Ciências – Acelerando Partículas da Criação’, na Galeria Municipal de Arte Pedro Paulo Vecchietti, ainda pode conferir os trabalhos apresentados por dez artistas da capital. Com curadoria de Fernando Boppré e Ana Viegas, a mostra de arte contemporânea reúne experimentos que mesclam ciência, humor e criatividade, inspirada nas antigas feiras de ciências escolares, como a Planta Robô, do artista visual Jonas Esteves, apresentada em matéria desta edição do Imagem da Ilha. A exposição pode ser visitada até o dia 19/09, com entrada franca.

Escolas ou grupos escolares interessados em agendar visitas devem fazer a solicitação junto à Diretoria de Artes da Fundação Franklin Cascaes por e-mail (artesvisuais.ffc@gmail.com) ou combinar a visita diretamente com a equipe da Galeria Vecchietti pelo telefone (48) 3228-6821. A galeria fica na Praça XV de Novembro, 180 – Centro (Esquina com Rua Tiradentes) e está aberta à visitação de segunda a sexta-feira, das 13 às 19 horas.

Realizada pela Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes em parceria com o Sesc-Santa Catarina, a mostra contempla obras produzidas por Diego de los Campos, Lara Montechio, Bruno Bachmann, Leandro Lopes, Lengo Noronha, Luiza Arantes Nasser, Jonas Esteves de Bem, Guto Lacaz, Maurício Muniz e Michael Duarte. A montagem é assinada por Cristina Dalanora e Flávio (Xanxa) Brunetto.

Espaço interativo

Ao entrar no espaço da Galeria Vecchietti, o visitante é convidado a fabricar aviões de papel de diversos formatos e tamanhos; desenhar com uma caneta vibratória e fixar as imagens na parede; ou ainda fazer filmes para exibição no local, entre outras atividades inusitadas. Os trabalhos em exposição podem ser tocados e experimentados. Na mostra também é possível interagir com a escultura Psilocibina, criada por Lengo Noronha. O experimento foi desenvolvido a partir de raízes, folhas, sementes e outros objetos recolhidos no quintal da casa do artista, e acomodados sobre uma placa metálica. A obra tem a forma de um grande cogumelo brotando do solo, que é feito a partir de limalhas de ferro. Um ímã embaixo da placa pode ser conduzido pelo visitante, provocando o movimento da “terra”.

Outra curiosidade é o Motorcine, criado por Lara Montechio e Bruno Bachmann, estudantes de Artes da Udesc. Feito de pedaços de ventilador e bicicleta, prendedores de roupa e outros objetos reciclados, o equipamento foi desenvolvido especialmente para a Feira de Ciências. Com ele dá para assistir a pequenos filmes, a partir da projeção com efeitos de câmera lenta (slow motion). Além das invenções expostas, a Feira de Ciências reserva um espaço para o público exercitar a criatividade na mesa de experimentos.

“A gente pensou nas experiências que queria ver e convidou alguns artistas, além de outros colegas. São pessoas que quiseram pensar um pouco essa relação e se dispuseram a fazer alguns trabalhos nessa linha, unindo ciência, arte e até humor, porque aqui também há um pouco de ironia” comenta o curador da mostra, Fernando Boppré. Essas atividades, segundo ele, possibilitam a inovação do saber. “A Feira possui também um caráter pedagógico e didático”, complementa.

Da redação