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Masc recebe exposição dedicada ao artista Joan Miró

Imagem: © Successión Miró, Miró, Joan AUTVIS, Brasil, 2015

Publicado em 08/09/2015

A partir do dia 12 de setembro, o Museu de Arte de Santa Catarina (MASC) recebe uma exposição dedicada ao artista espanhol Joan Miró (1893 – 1983). Produzida pelo Instituto Tomie Ohtake, de São Paulo, em parceria com a Fundação Joan Miró, de Barcelona, a mostra é composta por 112 obras: 41 pinturas, 22 esculturas, 20 desenhos, 26 gravuras e três objetos (pontos de partida de esculturas), além de fotografias sobre a trajetória do pintor catalão. A entrada é gratuita e as senhas serão distribuídas três vezes ao dia. 

A exposição se divide em três blocos cronológicos que coincidem com momentos vitais do artista. Nos Anos 30 e 40, as pinturas e desenhos da época da Guerra Civil Espanhola e da Segunda Guerra Mundial manifestam o início do interesse de Miró pela matéria. No período, seu caráter transgressor também se evidencia.  Foi no final dos anos 20 que Miró manifestou de forma explícita seu propósito de "assassinar a pintura", referindo-se a intenção de terminar com a concepção clássica da pintura de cavalete. É neste momento que Miró começa a fazer suas conhecidas colagens.

Já nos Anos 50 e 60, com a presença maior de diferentes técnicas, destaca-se o interesse continuado do artista pela experimentação da matéria, que o levará a trabalhar de forma profusa no campo da escultura, enquanto nos Anos 70 verifica-se como Miró, sobre suportes mais inusitados, segue questionando o sentido final da arte. Neste período, uma importante coleção de gravuras indica a destreza do artista a desafiar os padrões da técnica.

Joan Miró nasceu em Barcelona, em 1893, na Catalunha no final do século XIX e, ainda muito jovem, participou das vanguardas artísticas que agitaram a vida cultural espanhola no inicio do século XX. Desde o início, Miró praticou uma pintura de colorido intenso, com forte influência do movimento fauvista, que na França, teve como seus principais expoentes os artistas Henry Matisse e Maurice de Vlaminck. Miró viajou a Paris pela primeira vez em 1920 e o impacto artístico e cultural da cidade sobre ele foi de tal ordem que permaneceu sem pintar durante toda a sua estadia parisiense. Entretanto, se aproximou das artes de vanguardas: conheceu o revolucionário cubista Pablo Picasso e impressionou-se com as ideias de Tristan Tzara, o grande agitador do movimento Dada, fez amizade com André Masson e inúmeros intelectuais. André Breton, líder do movimento surrealista afirmou que "Miró é o mais surrealista de todos nós", ao se referir aos outros artistas membros daquele movimento. Miró nutre grande simpatia pelo movimento, mas permaneceu sempre independente. A liberdade foi, durante toda a sua vida, um modo de pensar e de pintar.

Exposição: Joan Miró - A Força da Matéria

Visitação de 12 de setembro a 14 de novembro de 2015

De Terça a Sábado: 10h às 20:30hDomingos e Feriados: 10h às 19:30h

Entrada gratuita

Da redação