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Idosos e depressão: exercícios para o cérebro ajudam a preservar a saúde mental

s atividades cognitivas melhoram o desempenho da memória e concentração, promovem a interação social e diminuem o nível de estresse, ajudando idosos com depressão (Foto: Reprodução)

Publicado em 11/05/2020

Os idosos estão vivendo cada vez mais, e com isso, é muito comum observarmos uma diversidade de estilos de vida, como idosos morando sozinhos e idosos que não tem companhia para interagirem. Com isso, pessoas de seu círculo social podem acreditar que a tristeza e a reclusão constantes são comuns; porém, podem representar sintomas de depressão.

O momento de isolamento social decorrente da quarentena que estamos vivenciando pode ser um fator agravante de sintomas depressivos, por idosos ficarem longe da família e vivenciarem uma rotina mais ociosa.

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgados na última pesquisa de 2013, pessoas com idades entre 60 e 64 anos representam a faixa etária com maior proporção (11,1%), entre os 11,2 milhões de brasileiros diagnosticados com a depressão e este índice vem aumentando com o passar dos anos.     

Estudos indicam que a participação em atividades culturais, educacionais e de lazer para o corpo e para a mente são formas eficazes para a proteção, prevenção e tratamento das alterações do humor, dos sintomas de estresse e da sensação de solidão.

“Por isso, é muito importante manter-se atento à qualidade do sono, à realização de uma alimentação rica em nutrientes importantes para a saúde geral e à realização de atividades dentro de casa que tenham significado, como ler, assistir um filme, arrumar seus pertences e armários e praticar exercícios de estimulação cognitiva, como a ginástica para o cérebro, por exemplo”, diz Thaís Bento Lima, Profa. Dra do Curso de Gerontologia da USP e membro do grupo de pesquisa em Neurologia Cognitiva da Faculdade de Medicina da USP.

Porém, como a orientação é que os idosos se mantenham em casa, é preciso se reinventar. Alguns exercícios que estimulam o cérebro podem ser feitos em casa e garantem muito divertimento, além de uma mente mais ativa e desafiada.

São as chamadas neuróbicas, ou seja, “aeróbica para os neurônios”, que consistem em executar uma atividade rotineira de maneira diferente, fazendo com que o cérebro saia da zona de conforto e fortaleça as conexões entre os neurônios.

Alguns exemplos de neuróbicas que podem ser praticadas por idosos com segurança em casa:

- Veja fotos de cabeça para baixo e tente observar cada detalhe;
- Veja as horas num espelho; use o relógio de pulso no braço direito (ou no braço esquerdo, se for canhoto);
- Decore uma palavra nova de outro idioma por dia;
- Monte um quebra-cabeça e tente encaixar as peças corretas o mais rapidamente que conseguir, cronometrando o tempo;
- Ouça as notícias na rádio ou na televisão quando acordar. Durante o dia, escreva os pontos principais de que se lembrar;
- Ao ler uma palavra, pense em outras cinco que comecem com a mesma letra;
- Escove os dentes ou escreva em uma folha de papel com a mão contrária da de costume.

Fonte: Método Supera