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Eleições e relacionamentos: como evitar conflitos

'É fundamental que as pessoas tenham domínio de suas emoções nas mais diferentes situações', afirma especialista (Foto: Reprodução/Internet) **Clique para ampliar

Publicado em 26/10/2022

A última pesquisa Genial/Quaest, divulgada no dia 19, apresentou um cenário fragmentado. O embate também reflete na população. A emoção das eleições impactou algumas amizades. Os números mostram que 11% dos entrevistados romperam relações por discordarem politicamente. Entretanto, existe a possibilidade de reconciliação. Para 58% dos entrevistados, há chance de as amizades serem retomadas após a eleição de domingo. A pesquisa Genial/Quaest foi feita entre os dias 16 e 18 de outubro com 2.000 pessoas de forma presencial. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais e a taxa de confiança é de 95%. 

Como apontado na pesquisa da Genial/Quaest é muito comum saber de alguém que já discutiu com um amigo, colega ou familiar sobre política, e que tenha saído de grupos, redes sociais ou, até mesmo, aqueles mais radicais que romperam relações e criaram inimigos por conta de posicionamento político contrário ao seu. Em entrevista recente, Scott Mainwaring, um dos maiores especialistas do mundo em política e democracia na América Latina, afirmou que o “Brasil vive mistura tóxica de ódio pessoal e polarização política”.

Paulo Vieira, Master Coach, PhD em Business Administration e presidente da Febracis, reconhecido pelo público como principal autoridade em Inteligência Emocional no Brasil, alerta para a gestão das emoções para evitar conflitos dessa natureza no ambiente familiar, trabalho e nas relações sociais. “Dentro deste contexto, é fundamental que as pessoas tenham domínio de suas emoções nas mais diferentes situações. Isso resulta em relações saudáveis consigo mesmo e com o outro, mesmo em ambiente diverso, com visões de mundo diferentes”, analisa.  

Na coluna do Raul Sartori: Destinos trocados | Fenômeno em BC | Fim dos tempos | E mais!

A Inteligência Emocional é sustentada por dois pilares essenciais: as competências emocionais pessoais e as competências emocionais sociais. Elas representam as habilidades necessárias para viver de forma positiva, em equilíbrio consigo e com o mundo e dominá-las é essencial no atual cenário de polarização. A partir deste entendimento, o Master Coach traz dicas de como aplicar, na prática, esse conceito e evitar conflitos:  

1 - Adaptabilidade: é a capacidade de ser flexível na adaptação a pessoas dos mais diferentes estilos, índoles e comportamentos. É estar preparado para lidar com situações adversas e voláteis, tendo como base a autoconsciência emocional e o autocontrole emocional.

2 - Pratique a empatia: perceba as emoções alheias, compreenda seus pontos de vista e se interesse ativamente por suas preocupações. Em uma discussão, não significa necessariamente abrir mão de suas convicções, mas buscar entender os argumentos do outro e ceder quando necessário.

3 - Não ataque a identidade do outro: reconheça o próximo e ame-o como ele é, lembrando que ele é importante. Reforce e lembre-o de suas características positivas, ao mesmo tempo em que você também deve se posicionar de forma a trazer clareza também em relação aos seus sentimentos, por exemplo: “Eu me sinto triste quando isso acontece”. 

Em qualquer área de trabalho e nos relacionamentos — sejam eles amizade ou laço familiar — precisamos lidar diariamente com as emoções para alcançar bons resultados. A sua má gestão pode levar o indivíduo a cometer atos que futuramente trarão fracasso, arrependimento e vergonha. “Por isso, exercitar as emoções certas ajuda a ter uma compreensão do que acontece em nosso íntimo e com aqueles que estão ao nosso redor, levando-nos a saber como reagir perante as mais diversas ocasiões”, analisa Vieira.

Da redação

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