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Em coletiva, Segurança Pública avalia bloqueios de rodovias em SC

As últimas informações sobre a paralisação das rodovias em SC (Foto: Folha de SP/Reprodução) **Clique para ampliar

Publicado em 31/10/2022

Confira as atualizações sobre o movimento que está causando bloqueios em várias rodovias do Estado. As fontes são o presidente do Colegiado Superior de Segurança Pública e Perícia Oficial, Giovani Eduardo Adriano, e o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Marcelo Pontes, que concederam entrevista durante coletiva de imprensa ocorrida há pouco.

De acordo com Giovani Eduardo Adriano, o colegiado está atento às questões que envolvem o movimento desde ontem à noite, após a divulgação do resultado das eleições, que foi o motivo para o início. “Nós começamos a montar estratégias de inteligência desde então, com grupos de inteligência trabalhando as informações. Tivemos uma reunião de alinhamento de trabalho com órgãos federais, pois hoje o maior movimento que está ocorrendo é nas rodovias federais. Nos colocamos à disposição da Polícia Rodoviária Federal na questão de efetivo, pois o efetivo deles no Estado é pequeno. Então, a partir do momento em que eles precisem de apoio, as forças de segurança pública do Estado estarão à disposição para desobstruir as rodovias”.

De acordo com ele, é difícil prever quanto tempo irá durar esse movimento. “Esperamos que se encerre o mais rápido possível, que as pessoas tenham bom senso, que se preserve a ordem pública, pois o nosso Estado é extremamente ordeiro e não podemos fugir das nossas necessidades. Quando for necessário, nós iremos atuar”, destacou.

Cargas vivas e ambulâncias

“Em relação à carga viva, que é muito sensível, um caminhão com bovinos, por exemplo, se ficar muito tempo parado nas rodovias, vão acontecer mortes, e nós não queremos que isso aconteça. Por isso, pedimos mais uma vez que o movimento tenha bom senso. Cargas perecíveis, transporte para a saúde, que eles realmente tenham bom senso e deixem passar esses veículos, não prejudiquem as ambulâncias, veículos de prefeituras que tragam pacientes para serem atendidos em hospitais da Grande Florianópolis ou outros grandes centros do Estado, para que não sejam prejudicados por conta de um movimento que ainda não conseguimos identificar o que há por trás.”

Sem lideranças

O presidente do Colegiado Superior de Segurança Pública e Perícia Oficial, Giovani Eduardo Adriano, ressalta ainda que o movimento não tem lideranças, mas que há diálogo entre as forças de segurança e os participantes do movimento. E, caso seja necessário um trabalho de escolta, a polícias militar e civil, estão à disposição das entidades. “É preciso se ter bom senso, pois a população catarinense não pode sofrer por conta desse movimento”, disse.

De acordo com o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Marcelo Pontes, o movimento avançou muito ao longo do dia. “No início da tarde eram 41 pontos. Antes dessa reunião foram 62, considerando rodovias estaduais e federais. É um número bastante grande de controle que é o dado até este momento”, alertou.

Ele ressalta que esse movimento é diferente dos demais, pois há uma adesão espontânea de vários segmentos da sociedade, o que dificulta identificar as lideranças e qual caminho seguir. “Não temos como, dentro desse contexto, afirmar se vai parar por aqui ou se vai aumentar, até pela adesão que tem sido muito voluntária por parte das pessoas. Nós compete monitorar, controlar, colocar o efetivo nesses pontos que dizem respeito às rodovias estaduais, que são da Polícia Militar, no sentido de acompanhamento, articulação, convencimento de cargas e pessoas e, caso venha a ordem judicial, façamos cumprir e liberar diante dessa primeira conversa pra que isso volte à normalidade o quanto antes”.  

Saiba mais:

Diálogo com os participantes do movimento

“Nós passamos as orientações para os comandantes das diversas regiões do Estado, policias militar, civil e científica, e corpo de bombeiros, para que conversem com os participantes do movimento para que não prejudiquem a população. A partir do momento em que eles começarem a prejudicar a população, nós interviremos com força. Não queremos fazer isso, queremos que seja respeitado o direito de ir e vir das pessoas”.

Características do movimento

“Além dos caminhoneiros, estamos identificando a população civil que está aderindo ao movimento, muitos por falta de conhecimento, em um efeito manada. Então a gente pede que as pessoas tenham muita calma nesse momento. Sabemos que 70% da população catarinense votou no governo Bolsonaro e 30% no governo Lula. Então que consigamos viver em sociedade. Que tenhamos bom senso. A eleição passou, estamos em um novo momento, e esse momento pede muita calma e tranquilidade.”

Uso da força

“Já solicitamos à Procuradoria Geral do Estado (PGE) que entrasse no Tribunal de Justiça com ação judicial para que pudéssemos trabalhar nas rodovias estaduais, que não são muitas ainda, graças a Deus. Com relação às rodovias federais, a Polícia Rodoviária Federal nos adiantou que já entrou com uma ação no período da manhã e está aguardando o desfecho para que ela possa cumprir com o seu trabalho de desobstrução das rodovias federais.”

Fonte: Giovani Eduardo Adriano, presidente do Colegiado Superior de Segurança Pública e Perícia Oficial

 

FECHAMENTO DAS PONTES 

Circulam em Grupos de WhatsApp infundados áudios de ameaças de fechamento das pontes que ligam a ilha ao continente, inclusive já com horário marcado. As forças de segurança estão monitorando de perto toda a manifestação e não permitirão que isso ocorra.  
 

Fonte: Ricardo Pastrana, Guarda Municpal de Florianópolis 

 

 

 

 

Da redação

 

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